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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Caridade ou amor ?

Mateus Feliciano
Coordenador da SEARA URBANA

“Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos comfome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos?Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que ofizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim ofizestes.” - Mateus cap.35 vers.37-40

Jesus não era um morador de rua, como já ouvi algumas pessoas falar.
Mas era chamado de "beberrão e comilão". O chamavam assim, não porque Ele o era, mas porque sempre estava juntos dos que assim se comportavam.

Jesus disse em certa ocasião: "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes"(Mt 9.12). E disse também: "não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem."(Mt 15.11)
O que nos tem impedido de estender a mão ao mais necessitado?
Dizer que as pessoas não enxergam os mais carentes é fácil quando nós mesmos não enxergamos com o nosso coração.
Os olhos vêem mas o coração não sente, do que adianta ?

Imagina a situação: Uma pessoa está com problemas e está triste e preocupado. Então chega uma outra pessoa e diz que percebeu que ela não estava muito bem e quer te ajudar. Então esta coloca a mão no bolso, pega uma moeda e diz: "Tome esta moeda e que Deus te abençoe" e depois vai embora.
O problema foi resolvido ? O cidadão não quis nem saber primeiro qual era o problema e a necessidade que seu próximo tinha e se poderia ajudar de alguma forma.
O que nos faz pensar então que o que a maioria das pessoas fazem com os moradores de rua é o mais correto ?
Como somos capazes de sermos tão preguiçosos espiritualmente e não querermos saber ao fundo o problema e a necessidade do nosso próximo ?
Amar dá trabalho e gasta tempo. Estamos dispostos a investir (e não gastar) tempo com as pessoas ? Em qual reino estamos ajuntando o nosso tesouro ?

Precisamos entender a causa e a razão dos problemas destes pequeninos.
Assim como alguém que apenas nos olha não pode entender a nossa vida, também não podemos saber destes mais carentes somente olhando eles.

Tentemos ouvir o grito, como diz Karina Brandão, dos excluídos nas ruas. São gritos abafados pelo desprezo da sociedade.

Mas podemos dar algo que Jesus oferece a toda aquele que Nele crê.
Jesus não nos deu uma moeda e um tapinha nas costas dizendo: "Deus te abençoe". Ele nos deu seu ombro pra chorarmos as nossas tristezas, o seu colo para nos confortar da dor, a sua mão para segurarmos no momentos de aflição, palavras de carinho e ânimo nos dias ruins... Como ? Através de cristãos que verdadeiramente os são.

Os que Cristãos devem se completar como corpo de Cristo para andarem na mesma direção.
Se você não tem nenhum Cristão que possa compartilhar as suas angústias, vitórias e medos, é porque então alguns estão falhando no: "Tomar a cruz, negar a si mesmo e seguir a Jesus".

Que desejemos mais do que apenas ajudar ao próximo, mas sim amá-lo verdadeiramente. Mais do que sermos chamados de Cristãos, de nos parecermos com Cristo.
Que possamos estar dispostos a deixar Cristo trabalhar em nossas vidas. A não ser que você ache que não tenha mais nada para ser trabalhado em sua vida.

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