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terça-feira, 22 de setembro de 2009

DROGAS: UM DEPOIMENTO COMOVENTE E UMA PROPOSTA INUSITADA

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Aos domingos, o jornal “Correio Braziliense” (com z mesmo, homenageando o primeiro jornal brasileiro, da época do Império) traz a “Revista do Correio”. A de 20 de setembro trouxe uma entrevista com Odacir Klein, que foi Ministro de Transportes do Governo Fernando Henrique. Ele passou 40 dos seus 66 anos bebendo. Ficou famoso, não pela atividade como Ministro, mas por um acidente automobilístico em que seu filho atropelou uma pessoa, matou-a e se evadiu. Foi condenado a pagar cestas básicas. Recordo-me do alarido na época. Odacir estava ao lado do filho, que dirigia. Mas, alcoolizado, sem condições de guiar. O filho, inexperiente, não foi muito hábil, provocou o acidente e fugiu. Odacir acha que ele fugiu para não expor o pai, bêbado, ao seu lado. Ninguém acreditaria que não fosse o ex-ministro.

Odacir é franco, fala abertamente do vício, e divulga seu livro “Conversando com os netos”, sobre o perigo da bebida. Expressa sua crença religiosa. É “católico praticante, mas sem fanatismo religioso”. Algumas pessoas religiosas têm medo de serem vistas como fanáticas ao expressarem sua fé. Sentem-se acuadas pela cultura secular? Ninguém receia ser chamado de fanático pelo seu time de futebol...

A entrevista é boa e inteligente. As repórteres Ana Dubeux e Cristine Gentil são do ramo, e o “Correio” é um bom jornal. Elas dizem que há uma cultura ligando bebida ao prazer. Odacir lembra que “prazer e felicidade não são sinônimos”. Diz que tinha imenso prazer em beber, mas era profundamente infeliz. Gostei do que li e procurarei o livro.

No mesmo domingo chega-me a “Veja” de 23 de setembro. Nas páginas amarelas, o ex-presidente Fernando Henrique, com quem Klein trabalhou, defende a descriminalização das drogas. Comparei os dois textos. O douto sociólogo faz afirmações que me desnorteiam. Como perdemos a batalha contra as drogas, o melhor é liberá-las. Não sei, Dr. FHC. Perdemos a batalha contra o crime e contra a violência. Devemos liberá-los? Diz ainda que as drogas não devem ser demonizadas. Usada por um ateu (um direito do douto ex-presidente), a expressão é curiosa. Deve ser santificada? Canonizada? Diz ainda que a lei não deve ser dura com o usuário, porque na cadeia ele continuará fumando maconha. Meio confuso. Ser duro não significa mandar para a cadeia. E se ele fumar na cadeia, seus repentes de violência não afetarão esposa, filhos e outros que nada têm a ver com seu vício. E, se não me engano, na velha lei da oferta e procura, se um produto não tiver consumidor, não será vendido. O viciado não é um coitadinho, vítima da sociedade (como esta infeliz apanha!). É alguém que optou por aquilo. Se não houver quem compre não haverá quem venda.

Posso entender a posição de FHC, um homem lúcido, um pensador. Mas continuo desconfiado de que a indulgência não é a melhor política. Se o álcool quase destruiu a vida de Odacir, e segundo ele, levou um de seus filhos ao suicídio, será que maconha, cocaína, heroína e crack são menos destrutivos? Se o Dr. Fernando ouvisse o que um pastor ouve de pais angustiados por verem seus filhos dominados por drogas! Se ouvisse os relatos que ouvimos de mulheres espancadas por maridos dominados por maconha, e ouvisse como, entre muitos, ouvi uma avó espancada pelo neto para financiar sua maconha, não teria a visão acadêmica do mundo das drogas.

Numa época em que o cerco ao cigarro se aperta, a defesa da liberação da maconha por pessoas como FHC e o curioso Minc me surpreendem. Alegar que Obama fumou maconha e chegou à presidência dos EUA não significa muito. Nem todos os usuários de drogas chegam à presidência de um país. Muitos se tornam assassinos e outros, assassinados. Não é a questão de legalização, mas a questão dos efeitos destrutivos das drogas.

Poderão me acusar de simplista, mas a questão tem uma dimensão que a pessoa sem visão espiritual não compreenderá nunca. O problema é o vazio, a falta de sentido para a vida, a sensação de angústia por não achar significado na existência. Não me convenço com discursos sociológicos. Volto a um ponto tão óbvio que me surpreende que não seja visto, mas entendo que a pessoa sem Deus não o veja: há um imenso vazio emocional e espiritual nas pessoas. Vivemos num mundo de valores falsos, que exalta o ter coisas, a posse de bens e o prazer. Não se fala de valores morais (aliás, sempre que se toca no assunto quem o comenta é “falso moralista”), nem de responsabilidade. A busca de prazer acima de tudo e a concepção de que o sentido da vida está em curtições, baladas, drogas, etc., iludem as pessoas. Elas estão cegas pelo erro!

Foi Sócrates quem disse: “A vida que não é examinada não é digna de ser vivida”. As pessoas não se examinam, não pensam, têm medo do silêncio. O alto volume dos aparelhos de som, o fato de que as pessoas chegam em casa e ligam a tevê para não pensarem, a fuga através do lúdico (“Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja”) e a idéia de que a verdadeira vida está na busca de prazer sensual dominam nossa sociedade. Assim vemos pessoas cheias de coisas e de bens, mas vazias de conteúdo. Com coisas, sem Deus, e sem nexo...

Pessoas vazias de Deus buscam o sentido da vida nos outros, no time de futebol, nas festas, nas drogas. É deprimente ver a cantoria desafinada de bêbados achando que estão abafando, e que estão sendo felizes. É tão citada que ficou sem impacto a frase de Agostinho, mas é profundamente real: “Tu nos criaste para ti, e a nossa alma só encontra descanso quando descansa em ti”. Quem tem uma experiência real de vida com Deus descobriu o sentido da vida. Não a perde nos vícios, tem procedimento construtivo e deixa marcas positivas de sua vida.

Odacir Klein usava droga lícita. E se destruía. FHC quer a legitimização das demais drogas. Talvez o raciocínio de que assim acabará a luta dos traficantes. Mas os efeitos destrutivos continuarão. Serão legitimadas, mas continuarão mortais. E por isso, mesmo contra o pensamento do douto sociólogo, devem ser demonizadas, sim. Não cheiram a enxofre, mas fazem a pessoa viver num inferno.

As igrejas estão caladas neste pré-debate. Ou com medo de dizerem que seu discurso é “careta” ou porque estão ocupadas com outros assuntos. Mas precisamos dizer que a liberação das drogas trará mais desgraças para a sociedade. Temos vários ex-drogados em nossas igrejas. É hora de eles darem seus testemunhos. Pastores ouvem relatos de sofredores pela devastação das drogas. Não podem revelar o que ouvem, mas têm que dizer: liberar drogas não é a solução. O álcool é liberado, mostrado como sofisticado e festivo (quem bebe cerveja tem loiras aos montes do seu lado), mas é assassino.

E ao senhor ex-presidente, respeitosamente, peço-lhe que leia a entrevista do seu ex-ministro. E embora os intelectuais não primem sempre pela coerência, pense nisto: a licitude de uma droga não a torna menos letal.

Gentilmente cedido para a SEARA URBANA

www.isaltinogomes.com

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Elias ressuscita o filho da viúva

Maurício Montagnero

Então o SENHOR Deus disse a Elias: — Apronte-se e vá até a cidade de Sarepta, perto de Sidom, e fique lá. Eu mandei que uma viúva que mora ali dê comida para você. Então Elias foi para Sarepta. Quando estava chegando ao portão da cidade, ele encontrou a viúva, que estava catando lenha. Elias disse a ela:
— Por favor, me dê um pouco de água para eu beber. Quando ela ia indo buscar a água, ele a chamou e disse:
— E traga pão também, por favor. Porém ela respondeu:
— Juro pelo seu Deus vivo, o SENHOR, que não tenho mais pão. Só tenho um punhado de farinha de trigo numa tigela e um pouco de azeite num jarro. Estou aqui catando uns dois pedaços de pau para cozinhar alguma coisa para mim e para o meu filho. Vamos comer e depois morreremos de fome. — Não se preocupe! — disse Elias. — Vá preparar a sua comida. Mas primeiro faça um pãozinho com a farinha que você tem e traga-o para mim. Depois prepare o resto para você e para o seu filho. Pois o SENHOR, o Deus de Israel, diz isto: “Não acabará a farinha da sua tigela, nem faltará azeite no seu jarro até o dia em que eu, o SENHOR, fizer cair chuva.” Então a viúva foi e fez como Elias tinha dito. E todos eles tiveram comida para muitos dias. Como o SENHOR havia prometido por meio de Elias, não faltou farinha na tigela nem azeite no jarro. Algum tempo depois, o filho da viúva ficou doente. Ele foi ficando cada vez pior e acabou morrendo. Então ela disse a Elias:
— Homem de Deus, o que o senhor tem contra mim? Será que o senhor veio aqui para fazer com que Deus lembrasse dos meus pecados e assim provocar a morte do meu filho? — Dê-me o seu filho! — disse Elias. Então pegou o menino dos braços da mãe e o levou para o andar de cima, para o quarto onde estava morando, e o colocou na sua cama. Então orou em voz alta, assim:
— Ó SENHOR, meu Deus, por que fizeste esta coisa tão terrível para esta viúva? Ela me hospedou, e agora tu mataste o filho dela!
Aí Elias se deitou em cima do menino três vezes e orou deste modo:
— Ó SENHOR, meu Deus, faze com que esta criança viva de novo! E o SENHOR Deus respondeu à oração de Elias. O menino começou a respirar outra vez e tornou a viver. Elias pegou o menino, e o levou para baixo, para a sua mãe, e disse:
— Veja! O seu filho está vivo! Então ela disse a Elias:
— Agora eu sei que o senhor é um homem de Deus e que Deus realmente fala por meio do senhor! - 1Reis 17: 8 á 24

Graça e paz meus amados irmãos do Seara Urbana! Bem, este texto ele é muito interessante, pois vemos a providência de Deus sobre a vida do Profeta Elias. Entretanto, temos o costume em notar somente o milagre na vida do profeta neste texto, e não vemos que a Viúva de Sarepta foi abençoada por Deus. Eu olho para este texto e me pergunto: será que a providência veio em uma porção maior para Elias ou para a Viúva?

Nosso Deus é um Deus Soberano que opera de uma forma abrangente que vai além de nossa imaginação... Ele poderia ter mandado Elias para uma casa de família próspera, e lá manter Elias. Todavia Deus mais uma vez olha para vida dos necessitados e manda Elias para a casa de uma Mulher viúva, pobre, que mais tarde perderia o seu maior tesouro que era o seu filho. Mas Deus envia Elias para aquela casa, e ele é usado por Deus para trazer comida para aquela mulher e trazer a vida do seu filho novamente; acredito eu que neste texto, Deus procurou fazer da circunstância do momento do contexto, para trazer uma providência maior para a vida da mulher que estava necessitada.

Que dá mesma forma que Elias foi um canal de benção para vida daquela mulher, que os voluntários da Seara Urbana possam se colocar na mesma posição que á de Elias, e procurarem ser benção para a vida daqueles moradores de Rua, travestis e prostitutas, “enchendo a botija deles” tanto no alimento natural que levam toda sexta-feira, como o alimento Espiritual; e que também possamos ser usados para restaurar a vida familiar deles “fazendo ressurgir seus filhos”.

E é interessante o reconhecimento que Elias tem no último versículo: “Então, a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” .

Que possamos igualmente, sermos reconhecidos como servos do Senhor, e que a palavra do Senhor venha a nossa boca como Espada de dois Gumes.

gentilmente escrito para a SEARA URBANA

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O verdadeiro tesouro

Mateus Feliciano
Coordenador da SEARA URBANA

“E disse Jesus ao povo:
- Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.
Contou então uma parábola, dizendo:
O campo de um homem rico produzira com abundância;e ele arrazoava consigo, dizendo:
- Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos.
Disse então: Farei isto: derrubarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens;e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te.
Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” - Lucas 12:15-21

Como ser rico pra Deus ? Talvez tendo muito do que Ele considere importante e não do que a gente acha que é.
A vida toda a gente leva um a vida agitada de estudar, trabalhar, cuidar da família e até mesmo das "coisas" da igreja.

Mas que tesouro nós verdadeiramente estamos ajuntando de tudo isto ? No final das contas aonde iremos chegar com tudo isto ? Deus nos aconselha a ajuntar um tesouro sim.
Aconselha que sejamos muito rico e que temos muito das coisas que são importantes. Mas precisamos identificar o que é importante e o que não é. Inclusive se conseguirmos identificar este tesouro, Deus nos garante que no lugar onde o ajuntarmos a traça não vai corroê-lo.

"O Reino dos céus é como um tesouro..."
Isto é importante : tudo aquilo que for eterno. Empregos não são eternos, faculdade não é eterno, casas não são eternas, mas tudo isto pode ser usado para investirmos no que é eterno: amor, misericórdia, perdão.

Jesus é o caminho, a verdade e a vida e ninguém chega ao Pai, senão for por Ele. Através da vida e sacrifício de Jesus, podemos enxergar o que é eterno e o que não é, o que é importante e que não é. Com uma comunhão verdadeira com Deus podemos visualizar como ajuntar este tesouro que ladrão nenhum pode roubar. Não precisa de seguradora. O seguro já foi pago por Jesus Cristo em uma cruz por você e por mim.

Venham conosco pelas ruas de Campinas para dar aos moradores de rua, um tesouro que eles podem alcançar: JESUS CRISTO !!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ora(Ação)

Léia Baldassari

"Em todas estas cousas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou." (Romanos 8.37)

Há alguns anos foi lançado em Israel um selo postal em homenagem aos soldados que tombaram na guerra. O selo mostrava um soldado com um capacete e um manto de oração. Será possível simbolizar de maneira mais precisa o poder da oração? Dificilmente. Aquele que ora, luta e o lutador, ora. Nossa batalha espiritual é um verdadeiro golpe no ar quando não oramos. Se sua vida de oração não acompanha a luta que lhe foi designada, você vai ser derrotado. Ai de nós se anunciarmos a Palavra de Deus sem que antes tenhamos batalhado de joelhos.

Todos os filhos de Deus são reis e sacerdotes, mas em um ministério que deveria ser real e sacerdotal, às vezes, existe uma grande falta da santa influência do Senhor. Eu temo que, em nossas atividades para o Senhor, existam demais características da maneira baixa, agitada e calculista dos empresários de nossos dias. Quem tem algo a dizer ou a fazer no Reino de Deus, quem tem uma incumbência do Senhor ou um cargo importante só consegue ser um servo de Cristo e não de homens quando leva uma vida de oração. Por isso, ore! Ore exatamente naquelas situações em que você está diante de um caso insolúvel, quando está tomado de profundo abatimento, pois está escrito: "No dia em que eu clamei, tu me acudiste, e alentaste a força de minha alma."

Reflita: ''Apenas aquele que perdoa é capaz de compreender completamente o sacrifício que Jesus fez na cruz!!

"Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo." (João 8.6)

O versículo acima está contido no relato onde uma mulher adúltera é trazida a Jesus por seus acusadores. E com esse acontecimento, o Senhor Jesus se defronta com um dilema aparentemente insolúvel, pois a justiça divina tinha que ser cumprida integralmente. Se em sua consciência você se sente acusado e merecedor de condenação diante da face de Deus, isso é verdade, porque Deus é santo.

Mas preste atenção no maravilhoso caminho que Jesus abriu para essa mulher, essa adúltera, em seu dilema: "...inclinando-se, escrevia na terra com o dedo." É como se, com esse procedimento, Jesus quisesse dizer: "Sim, esta mulher pecou, mas eu me humilho em seu lugar." Será que Ele escreveu palavras de misericórdia na terra? Podemos imaginar que sim, pois logo depois de dizer aos acusadores da mulher: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra", eles se retiraram um por um, e aí Jesus novamente se ergueu e falou: "Mulher... ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então lhe disse Jesus: Nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais." Essa mulher achou perdão e podia exclamar: Jesus me perdoou! Ele mudou a minha vida!

gentilmente escrito para a Seara Urbana

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Caridade ou amor ?

Mateus Feliciano
Coordenador da SEARA URBANA

“Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos comfome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos?Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que ofizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim ofizestes.” - Mateus cap.35 vers.37-40

Jesus não era um morador de rua, como já ouvi algumas pessoas falar.
Mas era chamado de "beberrão e comilão". O chamavam assim, não porque Ele o era, mas porque sempre estava juntos dos que assim se comportavam.

Jesus disse em certa ocasião: "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes"(Mt 9.12). E disse também: "não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem."(Mt 15.11)
O que nos tem impedido de estender a mão ao mais necessitado?
Dizer que as pessoas não enxergam os mais carentes é fácil quando nós mesmos não enxergamos com o nosso coração.
Os olhos vêem mas o coração não sente, do que adianta ?

Imagina a situação: Uma pessoa está com problemas e está triste e preocupado. Então chega uma outra pessoa e diz que percebeu que ela não estava muito bem e quer te ajudar. Então esta coloca a mão no bolso, pega uma moeda e diz: "Tome esta moeda e que Deus te abençoe" e depois vai embora.
O problema foi resolvido ? O cidadão não quis nem saber primeiro qual era o problema e a necessidade que seu próximo tinha e se poderia ajudar de alguma forma.
O que nos faz pensar então que o que a maioria das pessoas fazem com os moradores de rua é o mais correto ?
Como somos capazes de sermos tão preguiçosos espiritualmente e não querermos saber ao fundo o problema e a necessidade do nosso próximo ?
Amar dá trabalho e gasta tempo. Estamos dispostos a investir (e não gastar) tempo com as pessoas ? Em qual reino estamos ajuntando o nosso tesouro ?

Precisamos entender a causa e a razão dos problemas destes pequeninos.
Assim como alguém que apenas nos olha não pode entender a nossa vida, também não podemos saber destes mais carentes somente olhando eles.

Tentemos ouvir o grito, como diz Karina Brandão, dos excluídos nas ruas. São gritos abafados pelo desprezo da sociedade.

Mas podemos dar algo que Jesus oferece a toda aquele que Nele crê.
Jesus não nos deu uma moeda e um tapinha nas costas dizendo: "Deus te abençoe". Ele nos deu seu ombro pra chorarmos as nossas tristezas, o seu colo para nos confortar da dor, a sua mão para segurarmos no momentos de aflição, palavras de carinho e ânimo nos dias ruins... Como ? Através de cristãos que verdadeiramente os são.

Os que Cristãos devem se completar como corpo de Cristo para andarem na mesma direção.
Se você não tem nenhum Cristão que possa compartilhar as suas angústias, vitórias e medos, é porque então alguns estão falhando no: "Tomar a cruz, negar a si mesmo e seguir a Jesus".

Que desejemos mais do que apenas ajudar ao próximo, mas sim amá-lo verdadeiramente. Mais do que sermos chamados de Cristãos, de nos parecermos com Cristo.
Que possamos estar dispostos a deixar Cristo trabalhar em nossas vidas. A não ser que você ache que não tenha mais nada para ser trabalhado em sua vida.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Perdão, comportamento e não sentimento

Cris Oliveira
Líder de Música da SEARA URBANA

Quero iniciar o texto com a seguinte pergunta, O que é perdão?
E para compreendermos o que significa, vamos abordar e pensar;
A respeito de alguns diálogos que encontro no decorrer do meu dia a dia e talvez você ate já tenha presenciado tal fato também. Discussões do tipo: Esses três dias de silencio em casa e não resolveu nada!? Aquela conversinha mole no telefonema de ontem e ainda não
Não resolveu nada? Aquele presentinho que você deixou sobre a cama muito menos!

Precisamos acertar contas e acertar contas não e tarefa fácil, tem que ter confrontação, nos evitamos esses acertos de contas, essas confrontações e vamos protelando e tudo escamoteado. Falamos com o primo, vizinho, pastor, amigo, menos com a pessoa. Aí fica aquele clima lá em casa...
Quando esta todo mundo educado e que a coisa esta ruim mesmo:
Tipo: - passa o açúcar por favor .

Não confrontamos e acreditamos que logo passa, a poeira vai abaixar e tudo se resolve.
Alguns psicólogos fizeram um estudo e constataram que há casais com problema desde a lua de mel, porque não confrontaram e não acertaram contas sobre ocorrido.
Por que precisamos acertar contas?
-porque existem muitos maridos que são o que são porque as mulheres deixaram ser.
-porque existem muitas mulheres que são o que são porque os maridos deixaram ser.
-porque existem muitos filhos que são o que são porque os pais deixaram ser.

Falta confrontação, um acerto de contas. Para ilustrar contarei a historia do caipira em lua de mel:
Conta-se que o caipira casou e foi para sua tão esperada lua de mel lua de mel guiando a sua carroça quando para sua surpresa o burro empaca, e burro quando empaca quem o tira do lugar? Mas, o caipira vai ao ouvido do burro e diz:
-um!
E ele anda mais alguns metros e o burro torna a empacar lá vai ele ao ouvido do burro e diz:
-dois
anda mais outros tantos metros e empaca novamente o burro, ele vai novamente ao ouvido do burro e diz :
-três
volta a andar com o burro, e o burra empaca de novo, ele desce da carroça pega o seu revolver e da um tiro na cabeça do burro e sua esposa começa a gritar e berra com ele dizendo:
-você esta louco como pode matar o burrinho deste jeito ?
-o caipira olha para ela e apenas diz :
Um!

Tem muitas mulheres que nunca ouviram um, tem muitos maridos que nunca Ouviram um, tem muitos filhos que nunca ouviram um.
Há pessoas que não consegue confrontar o problema, a nossa consciência precisa ouvir um de Deus.
Uma vez um amigo me disse: Não consigo perdoar, tenho que sentir antes para perdoar se não serei Hipócrita!
Um outro grande amigo disse o seguinte: Perdão não e uma questão de sentimento e sim de comportamento. Não é uma questão de capacidade e sim de mandamento.
(Ora se o teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só) mt 18,15

Pensamos que repreender é soltar os cachorros em cima da pessoa que às vezes nos prejudicou,mas , não e nada disso repreender e trazer para a luz.
Se você esta esperando sentir para se comportar, você esta no caminho errado, neste caso ação tem que preceder os sentimentos, pois, o sentimento ruim vai enrijecendo, adoecendo dentro de nos.
Porque não perdoamos?

Há algo em nos que podemos denominar egocentrismo, poderíamos destrinchar um assunto apenas sobre isto, mas não e necessário neste caso,porem ele é a maior causa porque não perdoamos, então se você gosta de sofrer não perdoe.(herner kushener, livro o quanto e preciso aprender a ser bom)
Ele faz a seguinte pergunta:
Por que as crianças brigam e cinco minutos depois estão de bem?
Por que elas preferem ser felizes do que ter razão, nos preferimos ter razão do que sermos felizes.
Esse e um dos motivos pelos quais não perdoamos.

Esaú apesar da preferência familiares dos pais em gênesis, não quis perder mais tempo entre ter razão e ser feliz.
Gn 33.4 então Esaú correndo ao encontro, abraçou-o lançou-se-lhe
Ao pescoço e o beijou e eles choraram.