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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

IGREJA DE CRISTO


Mateus Feliciano
Coordenador


A diferença : Casa de Deus (AT) X Casa de Deus (NT)

AT – O véu que separava o lugar de habitação de Deus – Lv 16.2
Deus habitava no templo - Dt 12.4-6
NT – O véu se rasga com o pagamento do pecado em Jesus – Mt 27.51
Deus habita em Cristãos através do E.S. - 1 Co 3.16-17

A diferença : Igreja Instituição X Igreja Corpo de Cristo

Igreja Instituição - Igrejas que imitam ou representam algum grupo social já existente na sociedade. (Igreja-Clube, Igreja da lei, Igreja Individualista, Igreja emburrada)
Igreja Corpo de Cristo – Ela pode ser uma instituição organizada mas se comporta e vive como corpo. - 1 Co 12.12-29

A diferença: Vida na Igreja X Vida com Deus

Adoração

A.T. - “...e todos os que, de fato, queriam voltaram trazendo uma oferta para o SENHOR, a fim de que a Tenda da Presença de Deus, o SENHOR, fosse construída. Eles trouxeram tudo o que era necessário para a adoração e para fazer as roupas dos sacerdotes.” - Ex 35.21

N.T. - Jo 4.20-24

Presença de Deus

A.T. - “...e todos os que, de fato, queriam voltaram trazendo uma oferta para o SENHOR, a fim de que a Tenda da Presença de Deus, o SENHOR, fosse construída. Eles trouxeram tudo o que era necessário para a adoração e para fazer as roupas dos sacerdotes.” - Ex 35.21

N.T. - Mt 18.20


Gentilmente cedido para a SEARA URBANA

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

NOSSA FORMAÇÃO



Isabel Coghi

Série Mundo Interior



Somos formados por:
- Espírito
- Psique (razão / emoções)
- Corpo físico

A saúde do espírito coopera para a saúde da psique que por sua vez coopera para a saúde física.
O homem, quando foi criado, era perfeito, íntegro, estava tudo em harmonia, pois nada lhe faltava. Com o pecado veio a morte instantânea do espírito (1), o afastamento de Deus, a ausência de Deus na vida.

Então todos nós andamos capengas pela vida, pois uma parte importante de nós está apagada. E é justamente esta parte que tem a ver com Deus, pois Deus é espírito. É por isso que é necessário nascer de novo. (2)

E Jesus é o único que pode nos fazer nascer de novo. Fazer viver o espírito. Trazer de volta a comunhão com Deus.

Percebem a importância de entender isso?
Isto é uma questão de vida ou morte, de céu ou inferno...

Ao entender e aceitar a obra redentora de Cristo, estamos mudando de lado.
E esta é a decisão mais importante da vida, pois sem ela não conseguimos viver, de verdade, uma vida plena.

Mas este é só o começo!

(1) Gênesis 2:17
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás

(2) João 3:3
Jesus falando com Nicodemos.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.


Gentilmente cedido para a SEARA URBANA

terça-feira, 24 de agosto de 2010

PERFIL DE UM MISERICORDIOSO


A história de Boaz


Mateus Feliciano
Coordenador

1- Humilde e Simples

Nisso Boaz chegou de Belém e disse aos trabalhadores: — Que o SENHOR esteja com vocês! — Que o SENHOR o abençoe! — responderam eles. - Rute 2.4

Alguém que é misericordioso é humilde e reconhece que todos somos iguais perante Deus apesar de nossas diferenças. Que todos merecem respeito independente de cargos que ocupam na sociedade ou do grau de autoridade que temos sobre subordinados. Neste trecho Boaz demonstra que mesmo sendo o patrão, ele tinha um relacionamento de igualdade e respeito com os empregados. Era simples e não tinha "rodeios" para conversar com as pessoas. Esta atitude de Boaz não era para demonstrar para alguem que fosse importante no "status" da sociedade, pois não havia mais ninguém presente no campo junto deles. Era do feitio de Boaz tratar os empregados daquela forma.

2- Reconhece atos de misericórdia

Boaz respondeu: - Eu ouvi falar de tudo o que você fez pela sua sogra desde que o seu marido morreu. E sei que você deixou o seu pai, a sua mãe e a sua pátria e veio viver entre gente que não conhecia. - Rute 2.11

Quem tem um coração misericordioso conhece os conceitos da verdade da misericórdia e assim consegue perceber ao seu redor atos de misericórdia. Neste trecho Boaz, por seu misericordioso, reconheceu que Rute teve atos de misericórdia com sua sogra e pensando no bem do próximo abriu mão do conforto e da comodidade de viver junto dos seus familiares e de sua terra.

3- Considera a realidade antes de ajudar

Boaz respondeu: - Eu ouvi falar de tudo o que você fez pela sua sogra desde que o seu marido morreu. E sei que você deixou o seu pai, a sua mãe e a sua pátria e veio viver entre gente que não conhecia. - Rute 2.11

Neste mesmo versículo conseguimos perceber outro conceito bíblico de misericórdia na história de Boaz e Rute. Boaz se interessou em saber sobre a história de Rute antes de oferecer alguma ajuda ou auxilio à ela. Isso pode deixar Boaz mais tranquilo em poder ajudar de uma forma relevante à Rute e sabia que tipo de comportamento poderia ter com ela. Ela entendeu a importancia de saber sobre a historia dela para saber um pouco mais sobre o carater de Rute, pois se houvesse algum desvio, ele teria que ter outro tipo de atitude com ela.

4- Preocupa-se com o bem do próximo e abre mão do seu próprio bem

Então Boaz disse a Rute: - Escute, minha filha. Não vá catar espigas em nenhuma outra plantação. Fique aqui e trabalhe perto das minhas empregadas. Preste atenção e fique com elas no campo onde vão cortar espigas. Eu dei ordem aos empregados para não mexerem com você. Quando ficar com sede, beba da água que os empregados tirarem para beber. - Rute 2.8-9

A misericórdia quando faz parte da vida, ela coloca prioridades no coração de alguém que quer viver este príncipio com toda a força que ela motiva e necessita para que seja aplicada de forma eficaz. Boaz priorizou a necessidade de Rute e entendeu que a necessidade dela era mais importante que os interesses dele. Ele valorizou a vida de Rute e deu importancia na dignidade dela que estava sendo abalada pela pobreza. Para isso ele percebeu que abrindo mão do lucro que suas plantações gerava, ele não iria prejudicar o seu trabalho e os trabalhadores mas que doando um pouco do que tinha iria causar uma grande ajuda para Rute e sua sogra.

5- Reconhece que DEUS recompensa mais que nós

Que o SENHOR a recompense por tudo o que você fez. Que o SENHOR, o Deus de Israel, cuja proteção você veio procurar, lhe dê uma grande recompensa. - Rute 2.12

Quando começamos a viver os príncipios da misericórdia de maneira sincera e honesta, as pessoas percebem e notam que as nossas atitudes e pensamentos são transformadores e cativante. E as pessoas começam a dar valor a quem tem um coração misericordioso e começam a pensar que o responsável único por estas atitudes é a própria pessoa e mais ninguém. Neste versículo Boaz deixa claro à Rute que quem realmente irá recompensá-la não serão os atos caridosos e misericoridosos de Boaz mas sim a graça e amor de Deus, quem tem todo o poder e conhecimento para satisfazer as necessidades daqueles que passam por dificuldades. Ela reconhece que Deus pode fazer por Rute muito mais do que Ele e que a verdadeira recompensa vem de Deus e não de ser humano algum. Inclusive os atos de Boaz é baseado na comunhão com Deus.

6- Coloca seus recursos em favor do próximo

Quando Rute se levantou para ir de novo catar espigas, Boaz ordenou aos empregados: - Deixem que ela apanhe espigas até no meio dos feixes e não a aborreçam. Tirem também algumas espigas dos feixes e deixem cair para que ela possa apanhar. E não briguem com ela. Rute 2.15-16

Mais do que apenas abrir mão dos recursos, uma pessoa misericordiosa utiliza-se dos recursos que tem disponível para atender as necessidades do próximo. Boaz não apenas pôs a diposição os seus recursos, mas investe o que tem para o bem maior do outro. Ela não entende esta aação como um custo mas sim como um investimento.

7- É justo e por isso pratica a justiça responsavel

De fato, sou seu parente chegado e sou responsável por você. Mas acontece que há um homem que também é seu parente e até mais chegado do que eu. Fique aqui o resto da noite, e de manhã nós veremos se ele quer ser responsável por você. Se ele quiser, muito bem; mas, se não quiser, prometo por Deus, o SENHOR, que ficarei com essa responsabilidade. Agora deite-se e durma de novo. - Rute 3.12-13

Boaz pratica a justiça de forma honesta e responsavel. Ele assume que tem a responsabilidade conforme a lei de assumir uma parente que perdeu seu provedor, o marido. Ela já tinha se afeiçoado com Rute e percebeu o mesmo sentimento por parte dela. Mas ele tinha a informação de que havia um outro parente que era mais próximo do que ele e por isso tinha os direitos assegurados pela lei do levirato que dizia que o parente mais próximo deveria desposar a viuva. Boaz apesar de querer assumir esta responsabilidade, ele não queria “passar por cima” do direito de um outro parente. E ainda garantiu a justiça que deveria ser praticada com Rute, caso este parente não quisesse assumi-la.

8- É prudente em suas ações

Então Boaz chamou dez pessoas importantes da cidade e disse: - Sentem-se aqui. Eles se sentaram... Aí Boaz disse às autoridades e a todo o povo: - Hoje vocês são testemunhas de que eu comprei de Noemi tudo o que era de Elimeleque, e de Quiliom, e de Malom. Rute 4.2,9

Confunde-se muito misericórdia com inocencia, o que é uma inverdade. Boaz que tinha um coração misericordioso, foi muito prudente na questão do levirato de Rute com o parente mais próximo que a Bíblia nem cita o nome. Ele chama os anciãos da cidade que na cultura judaica era quem tinha mais conhecimento para julgar as causas do povo, para serem testemunhas no caso de Boaz e Rute. Ele foi prudente e não foi inocente em resolver a situação com este parente sem ter testemunhas. Precisamos ser astutos para não causarmos situções de problemas.

Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. - Mt 10.16

9- Respeita a história das pessoas

Também casarei com Rute, a moabita, viúva de Malom, para que a propriedade continue com a família do falecido. Assim o nome de Malom será sempre lembrado no meio deste povo e na sua cidade natal. Hoje vocês são testemunhas disso. Rute 4.10

Assim como Deus respeita e utiliza a nossa história em seus propósitos, nós também devemos respeitar a historia das pessoas e jamais passar por cima disto. A historia de vida de cada um é muito importante, pois nela conseguimos entender muito sobre quem ela é.

10- A benção de DEUS o alcança

Então Boaz levou Rute para casa, para ser a sua mulher. Eles tiveram relações, e o SENHOR deu a Rute a bênção de ficar grávida, e ela deu à luz um filho. - Rute 4.13

Para o judeu, o filho era uma demonstração de benção por parte de Deus para com a pessoa. Eles reconheciam a benção de Deus através da geração de um filho. O livro de Rute acaba no melhor estilo "felizes para sempre". Este é o fim do livro que mostra a vida de alguém que é misericordioso. Uma vida onde a misercórdia de Deus é tão intensa na vida deles que é uma vida de total dependencia de Deus.

Preste atenção.Você não tem sido borrifado com perdão.Você não tem sido esguichado com graça. Você não tem sido pulverizado com bondade.Você foi imerso nela.Você está submerso em misericórdia. Você é um peixe no oceano de sua misericórdia.Deixe que ela o transforme!¹

CONCLUSÃO:

Deus espera que cada Cristão viva uma vida de misericórdia e não somente tenha atos de misercórdia. Jesus nos deixou exemplos e ensinamentos incontáveis de como sermso misericordiosos e como isso nos liga tanto ao reino de Deus. Aprendemos também que Deus utiliza também outras pessoas misericordiosas para ajudar os misericordiosos em seus momentos dificeis. Foi o caso de Boaz com Rute. Rute foi uma pessoa que também viveu em misericórdia e de misericórdia. Quando ela precisou da misericórdia, Deus colocou Boaz em sua vida para suprir as necessidades que Rute. Não podemos ser orgulhosos e acharmos que devemos apenas sermos misericordiosos e que jamais necessitaremos da misericórdia de alguém. E que quando precisarmos, deixemos Deus nos alcançar através de outras pessoas também.

“Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia delas”-Mt 5.7


REFERÊNCIA

¹ Cf. LUCADO, Max. Submerso em misericórdia. Em Irmaõs. Disponível em . Acessado em 31.05.2010.

sábado, 21 de agosto de 2010

VIVENDO E APRENDENDO


Maurício Montagnero


“Dentre das coisas que me aborrecem, destaco duas: O que eu faço certo ninguém lembra; o que eu faço errado ninguém esquece.”

Deparo-me ás vezes com circunstâncias em nossas vidas, que me provoca um íntimo aborrecimento; pelo que nos falam, pelo que nos fazem, pelas traições que cometem e pela falta de reconhecimento e compaixão dos próximos por nossas pessoas. Exigimos dos indivíduos que estão em nosso redor, algo que não podemos transmitir e aplicar em nossas próprias vidas e assim magoamos as pessoas com o nosso falar, nossas ações e nossas condutas não honestas com os outros. Neste instante venho a me lembrar daquela música, que tem a seguinte letra: “Devia ter aceitado as pessoas como elas são”.

Existe uma linha filosófica, conhecido como existencialismo, que foi fundado pelo filósofo cristão dinamarquês Soren Kiekegaard. Essa linha reflete sobre a liberdade e as experiências que o ser tem como tal; enfatizando várias coisas em cima de outras, especialmente o amor à cima da lei. Essa linha veio dá suas contribuições para o cristianismo; algumas negativas, porém, outra positivas. E uns dos seus lados positivistas, é o amor acima da lei, se relacionando com o ensinamento de Jesus (Mt 22.39).

Afinal, onde eu estou querendo chegar? Somos seres que vamos aprendendo conforme nossas vidas vão passando. Todos nós temos defeitos que precisam ser corrigidos e arrumados, entretanto, vivemos em meio de pessoas que se acham perfeitas e não aceitam correções e ainda tentam nos corrigir com hostilidade e sem sentimentos. Esquecem que o próprio Cristo, corrigia os pecadores com amor e compaixão; temos vários exemplos, e o que eu mais gosto de destacar é a mulher que ungiu os Teus pés (Lc 7.36 – 50). Eu me confundo no meio deste povo, dito povo de Deus, pois suas atitudes com as pessoas são discrepantes diante a palavra do Senhor.

Você e eu somos seres existentes que estamos aprendendo com a vida, e nos corrigindo com erros que cometemos. Estou aqui para lhe dar uma palavra de ânimo! Tentamos mudar nossos erros e falhas, oramos, jejuamos e chegamos a pensar e a sentir a mudança que Deus tem feito em nossas vidas, todavia, de repente vem alguém e nos humilha e nos entrega palavras indelicadas que desanima-nos. Não permite que a alto baixa-estima te alcance através de ditos-cujos que não sabem amar nas palavras, e pior, não sabem o que falam. Somos servos do Senhor, sendo moldados conforme seu amor. Se existem pessoas que não honra e não vê isso em nós, não preocupemo-nos, pois o próprio Jesus não foi honrado na sua pátria (Lc 4.24).

As coisas certas que temos feito, Deus tem visto; se no cotidiano da nossa existência estamos aprendendo e mudando, Deus tem visto e lembrado. Se estivermos errando, Deus nos ajuda a mudar; se erramos, mas estamos nos modificando, Deus se esquece desses erros. Pois, somente Ele nos olha com os olhos de amor e nos inspira a continuar a caminhada na nossa existência humana, nos ensinando e nos amando acima de qualquer outra pessoa.

Portanto, todos nós vamos ser imitadores de Deus (Ef 5.1). Aceitando as pessoas como elas são. As amando e as ajudando se modificarem conforme elas estão vindo-a-ser. Tirando dos nossos corações a tirania, tirando dos nossos lábios as críticas; e colocando no lugar desta “legislação” a compaixão. Enquanto os que são atingidos, pela falta do amor; não se preocupe mude se realmente estiver errado, mas se não estiver, coloque a exasperação do que ouviu e sentiu nos pés do Senhor.


Gentilmente cedido para a SEARA URBANA

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O SOFRIMENTO TAMBÉM É DA VONTADE DE DEUS


Mateus Feliciano
Coordenador

1 Pedro capítulo 2 versículo 18-25

Sofrer por injustiça (vs.19)

Pedro a partir do versículo 18 escreve sobre as situações dos escravos Cristãos que sofrem com seus senhores não Cristãos. Motiva-os a suportarem toda dor do sofrimento com que passam. A partir do versículo 19 ele usa o exemplo do sofrimento dos escravos para exortar também a todos e qualquer leitor da sua carta. Kistemaker diz assim em seu livro sobre Pedro:

“Apesar de Pedro estar ciente do sofrimento de que os escravos indefesos tem que suportar, ele amplia sua abrangência e inclui todos aqueles que experimentam a dor ou o sofrimento injusto. Por esse motivo, Pedro usa o termo indefinido 'alguem', que é traduzido na New International Version como 'um homem'. Em outras palavras, Pedro não está mais se dirigindo somente aos escravos, mas a todos os leitores da epístola.” ¹

Sofrer com paciência (vs.20)

Pedro deixa a liçao que quando sofremos não basta aenas aceitar o sofrimento, devemos ter uma reação ideal. A nossa reação quando sofremos é reagir de forma a evitar que soframos ou se não fugirmos tentarmos amenizar a dor culpando alguém ou alguma coisa e projetar esta responsabilidade em muitas vezes de forma raivosa, queixosa ou ansiosa.

“...esse texto ensina que Deus dá graça ao sofredor humilde que não deixa a amargura penetrar em sua alma...” ²

Sofrer por exemplo de Cristo (vs.21)

Pedro nos lembra que o sofrimento é algo que Deus dá muito valor na vida dos seus filhos, ao ponto de submeter o próprio Cristo ao sofrimento. E mais que isso, com o comportamento de Jesus Pedro nos orienta que este é o nosso exemplo a ser seguido. Devemos então seguir Jesus em tudo, inclusive no sofrimento.

REFERÊNCIA

¹ Simon J. Kistemaker, Comentário do novo testamento: 1 Pedro, 2 Pedro e Judas (São Paulo, Cultura Cristã, 2006), p.144

² Russell P. Shedd, Nos passos de Jesus (São Paulo, Vida Nova,1993), p.52

BIBLIOGRAFIA

KISTEMAKER, Simon J. Comentário do novo testamento: 1 Pedro, 2 Pedro e Judas, 1ª Edição. Cultura Cristã, São Paulo, 2006.

NOGUEIRA, Paulo Augusto de Souza. Como ler as cartas de Pedro: O evangelho dos sem-teto, 2ª Edição. Paulus, São Paulo, 2003.

SHEDD, Russell P. Nos passos de Jesus, 1ª Edição. Vida Nova, São Paulo, 1993.


Gentilmente cedido para a SEARA URBANA

domingo, 15 de agosto de 2010

O CASO BRUNO


Kesede R Julio (Banda Ruptura)

www.bandasdegaragem.com.br/bandaruptura

Nestes dias, muito tem-se falado do “Caso Bruno”. Jogador de futebol bem sucedido, vida financeira estabilizada, futuro talvez mais promissor que o presente. Envolvimento com pessoas erradas, confiança demasiada, vida desregrada, fizeram seu inferno. O povo é um juri cruel, não mede, não requer provas, não cala, julga, culpa, sem muitos parâmetros, apenas o passional, e isto para uma pessoa de vida pública pode ser fatal.

Um certo rei, em meados de 1000 AC, também caiu em desgraça. Quando devia estar na guerra, estava em casa, tirando a sua sesta após o almoço. Sem nada o que fazer, olhou, desejou, chamou, transou, engravidou, tentou “armar” para o marido pensar que o filho era dele, não conseguiu, então mandou matar o marido. Tinha vida pública notória, era quem mandava, cria em Deus, pois havia sido Ele quem o colocara naquela posição.

Qual a semelhança e diferença nestas duas histórias? A semelhança, o crime premeditado (do Bruno ou não). A diferença, o arrependimento, o temor a Deus. Este temor fez o rei voltar e dizer: “O teu rosto Senhor, buscarei” Salmos 27:8b. Quanto ao primeiro, esperamos que aprenda com o segundo e possa dizer: “Inclina para mim os teus ouvidos, livra-me depressa; sê a minha rocha firme, uma casa fortíssima que me salve” Salmos 31:2. E um dia, quem sabe, possa tornar-se conhecido, não como o goleiro do Flamengo, mas como: “O homem segundo o coração de Deus”, assim como o segundo é conhecido. Peço para que este mundo tolo, nós, julgadores e julgados, se cale, se dobre e chore arrependido de seus pecados diante do Trono de Deus, o Grande Misericordioso.
Amém!!

Gentilmente escrito para a SEARA URBANA

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SOFRIMENTO + DISCIPLINA = DISCÍPULO DE CRISTO


Mateus Feliciano
Coordenador

O capítulo 2 da carta aos Hebreus contem exortações aos Cristãos para se conscientizarem do sofrimento que sofreriam como discípulos e da disciplina que Deus aplica aqueles que Ele ama e disponibilizam suas vidas para a ação de Deus.

Este capítulo inicia-se tratando sobre perseverança, de prosseguir a caminhada Cristã como alvo Jesus Cristo e seu sofrimento que o próprio aceitou ainda que tivesse sido lhe proposto alegria também (v.2).

Jesus já sabia que todos os seus discípulos iriam passar por sofrimentos durante toda a história da igreja. Por isso mesmo, Ele abre mão da sua glória, vem como ser humano e através de muitos sofrimentos, suporta e deixa muitos conselhos para seu povo não temer e suportarem as dores (Fp 2.6-11)

A resposta natural que o mundo e os seus valores dão para testemunhas de Cristo e o ódio. Jesus sabe disso e autor de Hebreus relembra os destinatários sobre a resistência de Jesus ao sofrimento (v.3)

Jesus não pode poupar seus discípulos do sofrimento, mas promete estar com os seus todos os dias ate o fim dos tempos. E a presença confortante de Jesus e o suficiente para qualquer pessoa ter forcas para suportar os sofrimentos (Mt 28.20)

Através dos sofrimentos, os Cristãos podem viver parte do que o próprio Deus sofreu quando esteve em forma humana em Jesus Cristo, e assim podem ser testemunhas muito mais conscientes de toda a obra do Salvador.

Somente através do sofrimento, podem ser moldados em um servo de Jesus algumas características morais e de caráter que nenhuma outra situação poderia desenvolver.

O sofrimento como e tratado em Hebreus e como disciplina ou correção de Deus para os seus filhos. E algo como parte imprescindível para a preparação dos filhos de Deus para fazerem parte da família divina (v.7)

A disciplina de Deus e a aceitação desta correção por parte dos filhos, gera uma prova de que são verdadeiramente filhos do Pai. (v.8)

A disciplina aplicada por Deus produz uma fonte consistente de caráter no Cristão e seus resultados poderão ser percebidos a cada ato de perseverança daqueles que permanecem em Deus.

Com a prova que os membros desta família tem dos seus antepassados que sofreram a disciplina e foram grandes homens e mulheres fieis a Deus, e também graças aos seus próprios frutos em suas vidas, isso tudo faz com que seja mais possível suportar a disciplina proveniente do sofrimento permitido pelo Senhor (v.9)

Esta disciplina faz parte do desenvolvimento da santidade nos filhos, que e o maior atributo de Deus. Cristo deixa o seu exemplo maior de uma vida perfeita em santidade e de comunhão com o Pai, e com isso espera que os seus amigos (e não mais servos) sigam a sua missão e produzam frutos que permaneçam (Jo 15.5) (v.10)

Este processo e uma necessidade que o Cristão tem para que os seus caminhos sejam perseverantes e resistentes na jornada que tem por toda a vida com Jesus.

A dor que não obstante, não faz com que o servo desista ou desanime, mas produz um grande bem no resultado final do processo.

Quando o filho entende este processo necessário, ele suporta com alegria, com a certeza dos benefícios que trará para a sua vida e para o reino de Deus. Mesmo que a alegria seja uma reação contraria ao comportamento normal do ser humano em meio ao sofrimento como disciplina de Deus.

A alegria não e o que vira antes, pois a tristeza pode vir, mas a alegria e o objetivo a se conquistar. (v.11)

Com isso, a pessoa pode ajudar ao irmão que passa pelo mesmo acontecimento necessário, pois a situação e real em sua vida. Aquele que tem mais dificuldade pode se apoiar e ser auxiliado por aquele que resistiu e reagiu melhor a disciplina do Pai.

Todo este discurso destes versículos do capitulo 12, servem para os Cristãos se firmarem nos caminhos de Cristo e aqueles que não estão firmes tem os motivos corretos para voltarem e se firmarem. Mesmo aqueles que estão com dificuldades em suas vidas que dificultam a caminhada, podem se firmarem nestes princípios que o autor de Hebreus exortou-os.

Este trecho da carta do autor ao Cristão Hebreus é uma grande e importante exortação para os Cristãos sobre o sofrimento e a disciplina de Deus. Estes assuntos estão intimamente ligados pois servem para o aperfeiçoamento dos santos da igreja de Jesus Cristo.

BIBLIOGRAFIA:

- BOYD, Frank M. - Comentário do novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

- CARSON, D.A. , MOO, Douglas J. , MORRIS, Leon – Introdução ao Novo testamento. São Paulo: VIDA NOVA, 1997.

- Ministérios RBC – Sofrimento: Por que Deus o permite?. Michigan/USA: RBC Ministries, 2007.

- JEREMIAS, Joachim – Teologia do novo testamento. São Paulo: PAULUS, 2004.



Gentilmente cedido para a SEARA URBANA

sábado, 7 de agosto de 2010

O JESUS DE DOUGLAS ADAMS


Cacau Marques

Douglas Noel Adams foi um escritor inglês, autor da famosa série de livros “O Guia do Mochileiro das galáxias”, misto de humor non sense e ficção científica, além de ter contribuído em roteiros de Monty Python e Dr. Who para a TV. Ateu radical, como ele mesmo se dizia, Adams sempre tratava a religião (em especial o cristianismo) com certa ironia em seus livros. Mas há uma pequena menção a Jesus Cristo nas primeiras páginas do primeiro livro de sua obra cult que me faz pensar. Segundo Adams, Jesus foi um homem que “foi pregado num pedaço de madeira por ter dito que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as outras para variar”.


Gosto de pensar nessa frase como um testemunho do que é Jesus para um ateu. Para ele, Jesus não é Deus, pois Deus não existe. Também não é Filho de Deus, pois quem não existe não pode ter filhos. Também não é o salvador, pois não há inferno de que se livrar, nem céu para onde ir. Jesus é um homem. Ou melhor, foi um homem, pois também não se crê na ressurreição. Um homem que trazia uma mensagem e que desagradou muita gente ao ponto de ser morto por isso. E qual era essa mensagem? “Sejam legais uns com os outros para variar”.

De tudo o que podia ser dito sobre o Cristo, Adams apresenta – com humor, mas também com certo respeito pela ideia – um resumo bastante sintético do que Jesus pregou aos seus discípulos sobre o relacionamento interpessoal. A ideia de “ser legal com os outros” encaixa-se na parábola do bom samaritano, na ordenança de considerar o outro superior a si mesmo, no dar a outra face, no exemplo do Cristo servo e, principalmente, no Novo Mandamento dado pelo Senhor: amar uns aos outros. “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (João 13:34).

O que sobrou da mensagem foi exatamente aquilo que trazia a realidade palpável da doutrina de Cristo. Talvez fosse o único elemento do Evangelho que Adams realmente desejava ver concretizado antes de conseguir acreditar no resto. E isso me faz pensar em como pregamos o evangelho. Pensamos que para alcançar as mentes cada vez mais materialistas do mundo pós-moderno a nossa pregação deve ser sustentada pelos mais brilhantes argumentos filosóficos e evidências incontestáveis da veracidade das escrituras. Isso ajuda, mas não é o principal. O que chama a atenção, o que faz a diferença é a relevância perceptível do evangelho na vida do crente. É ver que o crente “é legal com os outros”, não para variar, não de vez em quando, mas como uma regra de conduta.

Mas como isso é possível se reagimos exatamente como um incrédulo quando somos injustiçados? Se nos iramos da mesma forma quando sofremos algum prejuízo? Se nos omitimos como qualquer um nas oportunidades de fazer o bem desinteressado? Jesus disse: “se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus.” Mas não fazemos isso. Julgamo-nos no direito de utilizar a mesma justiça do “bateu-levou”, do “quem gosta de mim sou eu” e a do “sou crente mas não sou bobo”, quando o próprio Cristo submeteu-se à mais injusta das sentenças por amor a nós. Imagina se Jesus olhasse para os soldados que o chicoteavam e dissesse: “Basta! Quem gosta de mim sou eu” e fosse embora? Na lei de Jesus não tem “bateu-levou”. Jesus levou, mas não bateu.

Se Douglas Adams tivesse conhecido mais cristãos assim, talvez não teria permanecido ateu até sua morte em 2001. E teria descoberto que resposta para sua pergunta sobre “A vida, o universo e tudo o mais” não é 42.

Nota: No livro de Douglas Adams, alienígenas superinteligentes criaram um supercomputador que pudesse descobrir qual é a resposta para "a Vida, o Universo e Tudo Mais", pondo fim de uma vez por todas a todas as especulações filosóficas. Milhões de anos depois, o computador chega à conclusão: a resposta é 42. O problema é que ninguém sabe qual é a pergunta...

Gentilmente escrito para a SEARA URBANA

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

COMENTÁRIO DA MÚSICA: “MEU MUNDO É O BARRO” DA BANDA O RAPPA



Bruno Elias Menezes


O discurso de religioso de revolta ultrapassa as muralhas, construídas de forma imprudente pela religião oficial, que tenta separar o que é sagrado do que é profano. Assim o discurso religioso de revolta não é nem sagrado, nem profano é um misto uma terceira alternativa. Sou admirador de um grupo chamado “O Rappa” que se propõe a discutir a vida e a sociedade a partir desta terceira alternativa, que por muito tempo não percebia o que era ao certo. Talvez porque nunca tivesse, com tempo, me dedicado a ler e pensar sobre. Segue nas próximas linhas a análise breve da música “Meu mundo é o barro”.

“Moço, peço licença Eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem passe,
eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem classe,
eu sou novo aqui”

A música começa com a idéia de um jovem se apresentando, me parece como aqueles, que param uma pessoa na rua para pedir alguma ajuda, contando sua história. Ele não tem nada, posição social, conhecimento, trabalho, dignidade, e provavelmente a situação em que ele se encontra o impede de conseguir estas coisas. Qualquer semelhança com o trabalho da SEARA URBANA é mera conhecidência!

“Eu tenho fé
Que um dia vai ouvir falar de um cara que era só um Zé
Não é noticiário de jornal, não é
Não é noticiário de jornal, não é
Sou quase um cara Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono”

Como todos que param alguém na rua, alias como todos nós, este jovem tem a esperança de torna-se alguém melhor, alias, sejamos sinceros, alguém famoso, mas pode ser e é o que parece, que ele queira ser alguém não só melhor, não só famoso, mas relevante. Mas como a maioria destes meninos, alias com a maioria de nós, não temos plano, não sabemos para onde vamos. É ai que a diferença entre aquele que pede e aquele que ajuda começa a diminuir, na verdade muitas vezes ela só está na condição financeira que cada um tem no momento. Algo me chama atenção na estrofe, ele é quase um cara, um Zé, só, sem rumo, esconde-se por trás a idéia de que só se é alguém quando tem algo a oferecer. Nossa visão de dignidade está firmada em nossa condição financeira e social, o que a poesia da música contrapõe de forma maestral, “não tenho pressa, não tenho plano, NÃO TENHO DONO”, ser somente um Zé, pode significar ser mais humano do que qualquer outro, pois ali a liberdade não há prisão, não temos donos. Isso me lembra Jesus no sermão do monte “bem-aventurado pobres, ou então os quebrantados de coração”. O jovem personagem, deseja ser alguém, mas não sabe quem, e tem a certeza que aquilo que ele tem hoje pode ser chamado de liberdade, muitas vezes melhor do que de quem os ajuda.

“Tentei ser crente
Mas, meu cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz”

Nesta estrofe começa a ser revelado o segredo da música e uma grande reflexão sobre o discurso cristão. Nosso personagem um “ninguém”, livre e sem rumo, procura um caminho. A Igreja sempre se propõe com “o caminho”. Mas nosso amigo não deseja uma religião que fale de sofrimento, sua vida já é sofrida o suficiente para que ele sofra mais ainda. Não deseja uma religião sacrificial, pois ela não apresenta a solução que ele precisa, que precisa torna-se alguém, não tem nada, precisa ter algo se seja real. Também não deseja algo meramente litúrgico, e aqui vale um comentário: Um culto musical, alegre, onde pessoas cantam, dançam, oram, gritam pode ser um culto tão ou mais rígido em sua liturgia, quando um bem tradicional!

Nosso amigo ele quer um Cristo sem Cruz, ele quer o Cristo ressurreto, o Cristo da possibilidade, o Cristo da superação. O Cristo de liberdade sem restrição. Faço um comentário, a ressurreição de Cristo, mesmo que olhada sem o aspecto salvifico, nos mostra que nem a morte deve ser encarada como aspecto final, assim nada pode realmente nos parar, nem a morte.

Diante disso coloca-se uma crítica, uma possibilidade e uma restrição. Quanto a crítica um pouco já foi citado, acima, nosso discurso contrapõe o que eles esperam, alias do que eles precisam, salvação e esperança de uma vida melhor. Fica o alerta, precisamos atentar ao nosso discurso de salvação e ao discurso de salvação que eles esperam ouvir. Entender que existe uma diferença na cosmovisão, um enxerga a religião de fora para dentro, ou seja a partir de suas manifestações sociais, desta forma, ela pode parecer uma prisão, uma cruz. Outro por sua vez enxerga a religião de dentro para fora, onde ele percebe a importância da cruz e para nós cristãos protestantes, não podemos viver sem a cruz, sem ela não há salvação e sem sofrimento não existe transformação, aperfeiçoamento na vida do Cristão. A primeira cosmovisão vê Cristo como a oportunidade, ele quer a Luz, mas como ele sabe que Cristo é a Luz? Porque eles conhecem nosso discurso, conhecem a bíblia, ou pelo menos uma parte, a melhor parte talvez, da bíblia. A segunda por sua vez, vê também o Cristo sem a cruz, mas entende que a antes da Luz vem a Cruz, e que ela não é negativa sim necessária.

“E eu voltei pro mundo aqui embaixo
Minha vida corre plana
Comecei errado, mas hoje eu tô ciente
Tô tentando se possível zerar do começo e repetir o play”

A última estrofe começa com uma frase questionadora. Talvez ser crente ou Cristão seja algo que não resolva, muito distante para a realidade de quem está pedindo uma grana na rua, que esteja “tentando acertar sua vida”. Fica mais um alerta, o Cristo que pregamos é olhado, como algo “de cima” que pouco pode fazer ou mudar pelos que estão “aqui embaixo”. Ele tentou ser crente, mas ele não encontrou o Cristo da esperança que tanto queria, nada resolveu seus problemas, então ele volta ao “mundo real”. Chama-me atenção a consciência do erro, mas de onde pode vir está consciência? Tenho três suposições, a primeira é que ela vem da experimentação da vida, pelo caminhar das coisas, percebe-se o que é bom o que é ruim o que é certo o que é errado. A segunda é que sua convivência na tentativa de ser crente mostrou os erros, vale aqui mencionar a importância do discurso moral cristão que é a substância da sociedade. A terceira é que ele sabe o que a sociedade diz como certo e, assim a forma com que ele precisa se portar, para ganhar então a simpatia escolhe um discurso que agrade, que de certa forma não deixa de ser também o seu. Tomemos que esta expressão não é meramente especulativa, que ela seja um misto das duas primeiras possibilidades, então a postura do Rappa como terceira alternativa mostra-se aqui, ele é sagrado, mas não como o sagrado oficial, mas ele também é profano, deseja soluções práticas. Ele não deseja uma solução pronta, está afim de criar a sua própria, começou errado, mas agora está ciente.

A última frase para mim é o abrir-se da esperança que está música promove. Ele tenta recomeçar, fazer as coisas direito, ou pelo menos não tão ruim. A maioria dos moradores deseja acertar a sua vida. O caminho alternativo oferecido, é de analisar e repensar as práticas, a partir de sua própria realidade, de uma forma livre, sem pressão. Mas esta postura corre um grande risco de chegar a “lugar algum”. Mas nós Cristão também temos um resposta um recomeço, que é uma análise, crítica e transformação da prática e que ao contrário do Rappa nosso recomeço sempre chega a “um lugar” o melhor Lugar, junto ao Cristo que o Rappa tanto procura o Cristo da esperança o Cristo ressurreto!

Precisamos atentar para o Grito, vindo das ruas, que está música nos dá: “Precisamos recomeçar, somos pessoas com sonhos, esperanças. Já ouvimos falar do seu discurso, já vivemos isso, mas não é o que procuramos, está muito longe! O que mais você tem a nos oferecer?” Eles querem uma terceira alternativa, nem sagrada nem profana, vivencial. Em Jesus temos isso, pois já não sou eu quem vivo mas Cristo vive em mim!

Não solução a este grito, creio que para da individuo que grite está pergunta uma solução particular. Mas me parece que há um elemento unificador: Temos que apresentar o Cristo da Cruz, pois sem ela não há salvação, e este é o recomeço, mas apresentaremos a Cruz vazia, pois para nós nem a morte diz que não é possível recomeçar! Assim temos tudo o que o personagem do Rappa precisa, recomeço, sonhos e esperança em Cristo!!!

Gentilmente escrito para a SEARA URBANA