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quinta-feira, 1 de julho de 2010

CONHECENDO A DEUS

Maurício Montagnero


Quem é Deus? Como defini-lo? Ele existe? Será que realmente há alguém, cuja existência humana tanto busca saber quem é? Há algum ser além do nosso mundo? Quem é esse que transcende? Quem é esse que tem ocupado os questionamentos dos maiores pensadores? Será que é uma obra de nossa imaginação? São indagações como essas que fazem muito de nós entrarmos em momentos estarrecedores.

Quando estamos falando do amor de Deus para alguém, é provável que perguntas semelhantes sejam feitas. E daí como responder? Deparamos-nos em um mundo onde temos respostas para tais interrogações. Não é preciso procurar respostas, pois elas já são existentes. Não vivemos em um mundo, cujo tempo é definido pelo modernismo, que como legado do Iluminismo, procurava pela razão descobri as respostas de tudo.

Acredito eu, que ao me deparar com tais perguntas, procuraria responder que o Divino só pode ser conhecido através de uma relação intima com Ele. Se quisermos saber quem Ele é, e se Ele existe, assim façamos vínculos de relacionamento e provas Dele; para podermos conhecê-lo (Jr 33:3). Ao clamarmos a Ele, conseqüentemente confirmaremos sua Existência. Quer saber se Ele existe, e quem Ele é? Se relacione, clame e busque a face Dele.

Mas se fosse para definir Deus, começaria o definindo com seus Atributos Divinos, que é um termo teológico para falar de atributos pertencentes só a Ele, como: onipresença, onisciência, onipotência, imutabilidade, asseidade, simplicidade, transcendência, dentre outros. Depois continuaria, falando de seus atributos pessoais, que é um termo teológico para falar de atributos que pertence a Ele, mas também que é compartilhado com a raça humana, a saber: amor, justiça, sabedoria, alegria, bondade, entre outros. E terminaria falando de um atributo pessoal, que é o amor. Esse atributo faz com que Deus venha ao nosso encontro, que nos ofereça a paz e o amor necessário, faz com que Ele tenha misericórdia de nós, ou seja, O impulsiona para se relacionar conosco, assim criando e mantendo uma aliança graciosa com aqueles que O aceitam. Apesar de todo seu poder e atributos, Ele é um Deus de relação e íntimo, que deseja se relacionar com sua criatura, portanto, voltamos a idéia do terceiro parágrafo. Se quisermos conhecer a Deus, devemos aceitar o seu convite de se relacionar com Ele.

Encerro essa breve meditação, com o texto de Sl 37:4: “deleita-se também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração”. Os questionamentos são variáveis, porém, a nossa relação com o Sagrado faz com que nosso coração ache respostas diante dele, e assim descanse.

Reflita nessa oração de Friedrich Nietzsche: "Oração ao Deus desconhecido"

"Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para a frente, uma vez mais elevo, só , minhas mãos a Ti na direção de quem eu fujo.

A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me pudesse chamar.

Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras: "Ao Deus desconhecido".
Teu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrilegos.
Teu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo.

Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servir-Te.
Eu quero Te conhecer, desconhecido.

Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.
Tu, o imcompreensível, mas meu semelhante, quero Te conhecer, quero servir só a Ti."

 
Gentilmente cedido para a SEARA URBANA

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