Isabel Coghi
Série: Mundo Interior
A historia a seguir já foi comentada em mensagens passadas, mas como se trata de uma analogia, uma boa comparação com o grande amor de Deus por nós, decidi dedicar uma mensagem só pra ela.
João era um andarilho que pensava: Quero viver intensamente a vida! Nada de responsabilidades, enfim...
Certo dia, João, estando com fome, decidiu bater em uma casa para pedir um prato de comida. Olhou para uma singela casa e pensou: - Quem sabe ai mora uma pessoa de bom coração...
Bateu palmas e uma senhora veio atendê-lo. João a cumprimentou e pediu um prato de comida. A senhora sem demora, convidou-o pra entrar; arrumou uma mesa no quintal e deu-lhe comida e suco; certificou-se se ele estava satisfeito e ele foi embora agradecido a Deus pela boa alma que atendeu suas necessidades.
No dia seguinte, como era esperado, João sentiu fome novamente.
Olhou ao redor e viu uma casa enorme, uma mansão, quase parecia um castelo.
Lembrou-se da senhora que o atendeu no dia anterior e pensou: - Terei hoje a mesma sorte?
Decidiu tocar a campainha.
Um senhor muito sério atendeu a porta. Parecia ser o dono da casa. João temeu falar, mas decidiu pedir o prato de comida.
Para seu espanto, o senhor o convidou a entrar.
- Venha por aqui, disse o homem, que o levou para dentro de sua casa.
Ainda admirado João entrou na enorme casa.
Vamos sentar aqui disse o senhor.
João se sentiu indigno, pois à sua frente se apresentava um banquete.
Vamos insistiu o senhor.
Sentaram. Tomaram juntos a refeição e quando João se preparava pra ir embora aconteceu a coisa mais inesperada.
O senhor amorosamente o convidou para ficar, morar ali e mais ainda, o convidou para ser seu filho, seu herdeiro!
João pensou: - nunca mais passarei por necessidades (1) e o melhor de tudo: terei um pai amoroso para sempre! Viverei nova vida e deixarei meu passado para traz!(2). A partir de hoje QUERO VIVER INTENSAMENTE A VIDA NOVA QUE CONHECI COM MEU PAI!
Passou um tempo e João se lembrou de seus familiares e amigos.
Achegou-se ao pai e disse: -Pai, o senhor transformou completamente minha vida, teu amor é realmente grande e esta casa tem tanto espaço. Eu tenho me lembrado de meus irmãos e amigos e queria convidá-los para te conhecer também.
O pai, que já esperava por isso, deu permissão a João pra falar com eles. João, muito entusiasmado, falou com eles, mas pra seu espanto poucos foram os que acreditaram nele!
E ainda, alguns dos que foram com ele viviam nos quintais da casa.
João não compreendia, porque ficavam ali. Porque estas pessoas, mesmo sendo filhos do pai amoroso que o recebera, ficavam ali sem banquetear com o pai, ficavam na chuva, no escuro e no frio da noite.
Esta breve história nos mostra que esta é a proposta de Deus para nós!
Este foi o motivo do sacrifício de Jesus! Nos resgatar da perdição e reatar nosso relacionamento com o Pai!
E Ele em sua bondade nos faz filhos e co-herdeiros com Cristo!
E esta é a melhor notícia da nossa vida. Esta é a melhor coisa que pode acontecer conosco!
E nosso personagem João entendeu e acatou o presente!
Mas a maioria das pessoas com quem João falou, mesmo diante de tamanha maravilha, eles foram levados pelos seus desejos (que não passam de migalhas perto do banquete oferecido pelo Senhor) a ficar longe de Deus e caminhar com a correnteza do mundo. Iludidos, caminham egoisticamente para a morte eterna!
Ficam do lado de fora, de costas para a mansão; na chuva, no escuro, solitários, tristes, sem rumo na vida. E bastava voltar o olhar e dizer: “Senhor, eu não mereço, mas eu quero”. Vejam a profundidade da parábola do filho pródigo (4).
Nosso personagem João também não entendia porque muitos ficavam no jardim.
Ele se lembrou da senhora bondosa que o acolheu no quintal.
Foi bom, mas não era como agora. Agora eu sou filho! Vivo com meu pai na mansão e sento-me no banquete na sua companhia.
Porque meus irmãos ficam aí fora com as migalhas?
Estes são os filhos de Deus que não conseguem tirar os olhos das coisas terrenas.
Não largam das migalhas e daí não aproveitam o banquete espiritual!
Este é um lugar perigoso de se ficar. A mulher de Ló poderia ter sido salva na ocasião da destruição de Sodoma e Gomorra, mas seu coração a fez olhar para traz e morreu.(3)
s filhos de Deus devem deixar para traz o velho modo de viver para aproveitar a vida excelente que Jesus nos quer dar! (2)
(1) Evangelho de João 4:13-14 - Jesus falando com a mulher samaritana, quando ela foi buscar água no poço.
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede
Mas aquele que beber da água que eu lhe der NUNCA MAIS TERÁ SEDE, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”
(2) Filipenses 3:13
Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, ESQUECENDO-ME DAS COISAS QUE ATRÁS FICAM, E AVANÇANDO PARA AS QUE ESTÃO DIANTE DE MIM,
Romanos 12:2
E não sede conformados com este mundo, mas SEDE TRANSFORMADOS PELA RENOVAÇÃO DO VOSSO ENTENDIMENTO, PARA QUE EXPERIMENTEIS QUAL SEJA A BOA, AGRADÁVEL, E PERFEITA VONTADE DE DEUS.
João 10:10b
Eu (Jesus) vim para que tenham vida e a tenham em abundância!
(3) Genesis 19:15-17
E ao amanhecer os anjos apertaram com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade.
Ele, porém, demorava-se, e aqueles homens lhe pegaram pela mão, e pela mão de sua mulher e de suas duas filhas, sendo-lhe o SENHOR misericordioso, e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade.
E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças.
Genesis 19:26
E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal.
(4) Lucas 18:3-32 – o filho pródigo
E ele (Jesus) lhes propôs esta parábola, dizendo:
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso;
E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;
Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.
E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
Mas ele se indignou, e não queria entrar.
E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;
Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.