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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

NATAL DA FAMÍLIA SEARA URBANA

Mateus Feliciano
Coordenador

No dia 25 de Dezembro de 2007, a Seara Urbana fez uma ceia na rua na pça do Fórum na Av. Fco Glicério.
Contamos com doações de varias igrejas e empresas que colaboraram nesta ação doando macarrão, molho de tomate, salsicha e refrigerante.

Durante este dia, alguns moradores de rua ficaram com o pessoal da Seara arrumando as coisas para a ceia. Foi ótimo ter o Marcus e o Gustavo conosco.Creio que eles também gostaram muito.
Nós tínhamos calculado preparar em torno de 50 refeições, pois achávamos que as doações seriam suficientes só para isto. E mandamos ver na cozinha, ou melhor dizendo, as meninas da Seara. Nós os HOMENS, ficamos na retaguarda caso precisassem de alguma coisa. Sabem como é, coisa de Homem. rs

Então a comida ficou pronta e juntamos todo o pessoal da Seara para irmos para a rua. Fizemos uma roda de mãos dadas e oramos ao nosso Deus por intermédio de Jesus, pedindo a direção Dele para tudo o que fosse acontecer. Saímos em 4 carros para a rua.

Chegamos lá na pça da Igreja Matriz de Campinas que fica na 13 de Maio com a Av. Fco Glicério, onde vamos habitualmente fazer o nosso trabalho as sextas feiras. Mas estava tendo uma missa na igreja católica e como íamos fazer um culto, achamos melhor ir para um pça que tem mais embaixo, pra evitarmos conflito e não parecer que estávamos provocando algo. Como diz o nosso manual de instruções (Bíblia), "...sede prudentes..."

Entramos nos carros e nos dirigimos para a outra pça. Entramos com os carros na pça do Fórum juntamos todo o pessoal. Tanto os voluntários da Seara Urbana, como os moradores de rua. Fizemos uma oração de agradecimento a Deus por aquele momento tão especial que Ele estava nos proporcionando. E depois liberamos o rango !

Não fizemos marmitex, pois há alguns riscos de alguns venderam a comida, outros podem jogar fora e etc. Optamos por servir a macarronada em pratos descartáveis. Assim, todos eles pegavam a comida e ficavam por ali mesmo, próximos de nós.

Foi uma festa.Ficamos lá umas 3 hrs cantando, orando, trocando idéia, conversando, brincando, fazendo malabares, teve de tudo junto com os moradores de rua. Como já fazemos este trabalho alguns anos, eles conhecem a gente pelo nome e nós também os conhecemos pelo nome. Parecia reunião de família.

O Gustavo falou que em 31 anos de vida, ele nunca tinha passado um Natal tão feliz e tão família. Ele falou que estava sentindo uma alegria tão grande que nenhuma droga jamais tinha proporcionado. O Marcos comprou um cartão de Natal e escreveu uma mensagem para a Seara. Muito bonito.

Estava um clima muito bom. Que só poderia vir de Deus.
De voluntário da Seara tinha umas 40 pessoas. Foi muita gente ajudar.
No final Deus multiplicou a comida e servimos + de 100 refeições.

Percebemos que em outros lugares ali por perto também estava tendo distribuição de comida. Mas achamos uma pena, pois era somente distribuição de comida mesmo.
Nestes anos de Seara Urbana, Deus nos tem transformado pela renovação da nossa mente e hoje compreendemos que os moradores de rua e todas as pessoas excluídas da Sociedade não necessitam de caridade social, mas sim do que todo ser humano precisa, de amor.

A rua não é zoológico e os moradores de rua não são animais, onde vamos lá para alimenta-los e irmos embora sem nos “contaminar”. São gente como a gente. Não podemos simplesmente passar por eles e por pena dar uma moeda e dizer: - "Deus te abençoe".
Precisamos viver como Cristo viveu. Distribuindo e doando amor, perdão e salvação.

A Salvação não depende de nós, mas o amor é de nossa responsabilidade.
O que mais vale a pena na vida do que adorar a Deus. Com nossas vidas e com tudo o que somos.
Se há algum "espírito de Natal", este espírito é o Santo, que veio de Deus pra ser testemunha de Jesus.

Que não somente o natal mas em todos os dias, possam ser vividos no verdadeiro Espírito e pra quem merece toda glória: JESUS !

domingo, 27 de dezembro de 2009

OUÇA

Leia Baldassari

"Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração." (Oséias 2.14)

O Senhor quer falar conosco! Um verdadeiro filho de Deus aceita e não se irrita quando o Senhor repetidamente coloca diante dos seus olhos um sinal vermelho de alerta: "Pare! Descanse um pouco!" "Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus". Em outras palavras: "Medite!" Oh! Essas horas abençoadas e solenes aos pés de Jesus! A impaciência diante das circunstâncias exteriores e diante das pessoas mostra o quanto somos incapazes de nos aquietarmos interiormente diante do Senhor. Quanta paciência temos? Tanta até ao momento em que necessitamos dela! Mas a Bíblia fala de termos paciência com alegria. No versículo acima, lemos que o Senhor leva seu povo ao deserto a fim de falar-lhe ao coração. No deserto tudo é silêncio: "...e a diligenciardes por viver tranqüilamente". Só assim conseguimos chegar ao Santo dos Santos. Você tem paciência para isso? Seja bem honesto: você não sente uma grande vontade de trabalhar e fica cheio de energia bem no momento em que se põe a orar? Quanto tempo você esteve hoje na presença de Deus em oração? Será que você se calou em seu interior para que Deus de fato pudesse falar com você?

Permita que esta palavra de Deus sirva como um sinal de alerta, pois Deus quer falar com você. A agitação será afastada, e você começará o dia como uma pessoa que está acima das circunstâncias.

"Guardo no coração as tuas palavras para não pecar contra ti." (Salmo 119.11)

Guardar a Palavra do Senhor é o único meio de ficarmos imunes às tentações que Satanás lança em nosso caminho para nos fazer cair. É a Palavra fiel do Senhor, guardada em nossos corações, ocupando nossas mentes e influenciando todas as nossas atitudes cotidianas que fará com que possamos ficar firmes em uma época que parece tão propícia para nos afastarmos do Senhor.

"...As palavras que eu vos tenho dito, são espírito e são vida." Essa passagem bíblica nos proporciona toda a plenitude de Deus, pois Cristo mesmo é o Verbo feito carne, e "nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade." O profeta Ezequiel foi desafiado a comer a Palavra.

Cada vez que comemos do pão que o Senhor nos dá, como em Rute 2.14 "...ela comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou", nos sentimos saciados e fortalecidos espiritualmente, assim como nos sentimos fisicamente bem depois de uma farta refeição. Somos preenchidos com a verdade do Senhor, que Cristo nos revela através da Sua Palavra. Nosso coração encontra paz através das palavras de Jesus, pois Ele mesmo é o alvo de nosso amor e de nossa ansiedade. Nossa esperança é satisfeita, pois em que outro deveríamos esperar senão naquele que nos fala? Que coisa maior poderíamos desejar, nós que somos tentados, do que nos voltar para a Palavra de Deus, a fim de termos mais de Cristo?

"Descansa no Senhor e espera nele." (Salmo 37.7)

A pessoa que em seu coração sempre se deixa influenciar de um lado para outro porque não consegue lançar todas as suas preocupações sobre Deus também não consegue esperar pelo Senhor de maneira adequada. Por favor, se aquiete e faça calar agora todas as outras vozes de seu interior; não ouça mais o que elas lhe dizem! Se somos pessoas muito emotivas, temos uma certa facilidade em desviar nossa atenção do alvo que é esperar pelo Senhor. Se você realmente virou as costas aos falsos deuses e resolveu servir ao Senhor, você nem consegue viver de outra maneira que não seja esperando pelo Senhor. Será que não é hora de você se afastar aqui e agora de tudo aquilo que obscurece a sua espera pela volta de Jesus? Só temos um curto prazo, pois o Senhor muito em breve virá. Todas as manifestações que acompanharão o juízo de Deus sobre esta terra já se fazem presentes. Tudo ao nosso redor se encontra em um processo de transformação.

E, em meio a essa situação, o Senhor nos exorta com a maior seriedade em 2 Pedro 3.11: "Visto que todas essas cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade."

João nos exorta para o mesmo comportamento usando outras palavras: "Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda.

Gentilmente escrito para a SEARA URBANA

sábado, 19 de dezembro de 2009

Inimigo Íntimo

Mateus Feliciano
Coordenador da SEARA URBANA

JESUS: - "Vocês ouviram o que foi dito: Ame ao teu próximo e odeie o seu inimigo. Eu, porém, digo a vocês: Ame aos seus inimigos e orem por aqueles que perseguem vocês. Para que vocês se tornem filhos do vosso Pai que está nos céus." - Mateus cap.5 vers.43, 44

Quem são os nossos inimigos ?
As vezes nós até achamos que não temos inimigos. Pensamos que são aqueles que declaradamente nos dizem que somos seus inimigos. Mas e aquelas pessoas que temos dificuldade de relacionamento, pois as achamos que não são muito boas e que não gostam de nós... será que no fundo, no fundo podem ser consideradas nossos inimigos inconscientes?

No nosso trabalho isto é muito presente em nossos relacionamentos. Será que se não trabalhássemos com essas pessoas, elas seriam nossas amigas em outro ambiente ?
Quem somos nós para julgarmos quem é bom e quem é ruim?
Assim como Deus aceita a todos nós, e nos ama incondicionalmente, nós deveríamos fazer o mesmo... pelo menos tentar.

Fico pensando se Deus nos julgasse antes de se relacionar conosco, ou reparasse em nossos erros antes de nos amar. Se toda vez que não déssemos atenção para Ele, Ele desistisse de nós. Se todas as promessas que não cumpríssemos, Ele espalharia pelo mundo inteiro quem somos nós. Como nós fazemos isto nos nossos relacionamentos com todos não é mesmo ?
Ainda bem que Ele é um Deus de amor incomparável e de impossível compreensão para nós.

Jesus deixa esse exemplo e toda sua vida. Foi chamado de beberrão e comilão, pois eles sempre estava entre estes que eram considerados mal e inimigos da sociedade que se dizia justa.

Que Jesus nos molde o caráter, não para que nós identifiquemos os nossos inimigos, mas para nós aprendermos a ama-los.

Convido a todos a exercitarem este amor de Jesus com os nossos amigos da rua.

domingo, 13 de dezembro de 2009

EXPERIÊNCIA DE UM GUERREIRO

Marcelo Guerreiro
Vice-Presidente da Seara Urbana

No capítulo 34 verso 18 de Salmos diz:“perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito”.

Algum tempo atrás vivenciei uma experiência dentro da Seara Urbana, de um jovem casal de uma cidade do estado de Minas Gerais que estava a pouco mais de uma semana nas ruas de Campinas e devido aos reveses que acontecem na vida, seus recursos financeiros esgotaram e foram parar nas ruas. Aliás, vemos pessoas nas ruas por diversos motivos; que vai desde um problema familiar aos vícios desenfreados. E quando olhamos para dois jovens, bonitos e saudáveis morando na rua, a pergunta que vem em nossa mente é: Como chegaram a uma situação dessas?

Muitas vezes nos sentamos no chão para conversar com as pessoas e por termos ouvido muitas histórias, muitos casos e mentiras, ter levado muitos canos, não nos sensibilizamos mais com qualquer tipo de conversa.
Ainda viciado em perigos religiosos e com meus prejulgamentos e preconceitos religiosos, Deus me colocou ali junto deles. Creio que não só trabalhar na minha, mas na vida da minha família e igreja e quebrar as barreiras religiosas e sociais que ainda existiam.

Tivemos o privilégio de passar um fim de semana com esse casal e foi uma experiência marcante para nós. E da mesma maneira que Deus trabalhou em nossas vidas, operou na vida deles também, trazendo um renovo espiritual, um desejo maior de eles buscarem a Deus e andarem nos seus caminhos. E como conseqüência ganharam também uma passagem de volta para seu lar e voltarem ao afago de seus familiares.

Desde que conheci esse casal via sinceridade na suas vidas. Não que eu tenha deixado me levar pela emoção, que é algo que geralmente as pessoas que estão nas ruas usam muito a seu favor, principalmente quando percebem que conseguiram sensibilizar o ouvinte, pois muito deles são muito bons de conversa. Mas algo inexplicável aconteceu. Senti paz e convicção no meu ser e pela fé senti que Deus ia fazer algo. Deus estava falando em meu coração.

Creio que não só na igreja mas até nas ruas com pessoas muitas vezes desacreditadas pela sociedade e desprezadas pelos homens, podemos ter experiências e mensagens que muitas vezes não ouviríamos num banco de igreja. Foi uma experiência quebrantadora. No começo pensei:
- será que Deus está ali?
A bíblia diz que Deus habita com o abatidos de coração e não em templos feitos por mãos humanas. Ele se faz presente com os pobres, os abatidos, os tristes, com ricos afinados e bem vestido.

Que nossos corações possam se tornar mais de Cristo e menos do ego.
Busque a Deus independente do lugar.

domingo, 22 de novembro de 2009

QUEM PROÍBE ?

Mateus Feliciano
Coordenador da SEARA URBANA

Às vezes a igreja de Cristo se preocupa com coisas tão banais que até teria sentido se não houvesse tantas outras questões mais importantes na frente.
Muitas igrejas hoje em dia proíbem coisas que a Bíblia não cita e nem contrariam príncipios que Ela nos deixa. Assim como faziam muitos dos farizeus na época de Jesus.
Tem coisas que achamos que é pecado não por causa do que a Bíblia diz mas por causa da nossa tradição, da nossa cultura e dos valores éticos e morais que nós mesmos definimos. Muitas vezes acontece de nós usarmos a bíblia para basear nossas idéias e pensamentos.

Temos que nos preocupar com a roupa que vestimos sim, de não escandalizarmos os nosso irmãos, mas muito mais em amar ao próximo, em ser educado com as pessoas, em ser amável e dócil, ver a necessidade do outro e de estarmos a disposição de servir as pessoas. Roupa, televisão, se bato palma ou não na igreja é "merreca doutrinária" como disse Tonholas.Tem muita coisa que deve nos ocupar a mente e o coração que Deus sonha que nós vivamos.

Tudo vai de intenção do coração também. Podemos usar um certo tipo de roupa por que gostamos dela e a achamos bonita. Outra pessoa pode usar porque é sensual e vai provocar um "desejo" no sexo oposto e vai chamar a atenção das pessoas. Outra ainda, pode gostar da roupa e achar que não tem problema algum, mas mesmo assim abrir mão de usá-la para não escandalizar o próximo.

E como o coração é enganoso, nos também podemos achar que estamos fazendo uma coisa por um motivo Cristão mas na verdade, lá no fundo nem percebemos que na verdade fazemos por um motivo que nem nos agrada muito.

Não devemos julgar as atitudes das pessoas. Como a bíblia diz: "pelos frutos vos conhecereis" .

Mas tudo isso é o que eu vejo de tudo isso baseado na Bíblia... hoje... pois amanhã já não sei. "Prefiro ser esta metamorfose ambulante".
Nós, Cristãos estamos em constante processo de transformação da mente e coração, ou pelo menos deveríamos estar.

Sempre passamos por situações em que a nossa imagem já tem certa definição na cabeça das pessoas. Quando passa certo tempo de convivência com as pessoas, elas te rotulam de tal forma que depois quando mudamos, isso não é muito bem aceito, por acharem que estamos corrompendo nossos valores.
Tento sempre fazer algo que talvez choque, mas não escandalizem as pessoas. Procuro ser surpreendente de vez em quando para não me rotularem.

Continue prestando atenção no que as pessoas dizem ao seu respeito, mas não deixe se mudar pelos motivos dela, mas pelos seus motivos baseados em Cristo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

FAÇAMOS O BEM, SEM OLHAR A QUEM

Paulo Berberth

“E não nos cansemos de fazer o bem, pois a seu tempo colheremos, se não houvermos desfalecido”. Gálatas 6.9

Dedico este artigo aos guerreiros e meus brothers de ministério que tanto admiro. Estou me referindo à galera da Seara Urbana. Ministério que tem feito diferença na vida de muitas pessoas nas ruas e becos e bocas de Campinas, interior de SP e também tem edificado a vida de todos que de alguma forma contribuem para que esta maravilhosa obra aconteça, inclusive a minha. Admiro a vida de todos, pois eu mesmo não tenho tamanha coragem, ousadia e dom para lidar com pessoas tão especiais que são discriminadas tanto pela sociedade quanto pelas igrejas. Sim, eles mandar ver com os moradores de rua, travestis e prostitutas. Que este artigo seja motivo de edificação para vida de todos que lerem e toda honra e glória seja dada à Jesus Cristo, o Senhor e Salvador de nossas vidas.

Introdução

Somos servos de Cristo e como todo servo dedicado à obra do Evangelho, nada mais natural do que desejar ver os frutos do nosso trabalho. Observar as sementes que plantamos com tanto amor crescendo e amadurecendo e produzindo bons frutos. Melhor ainda, é ver os nossos frutos vendo os seus próprios frutos – multiplicação – que gostoso! Isso realmente é muito bom, não é verdade? E quando uma semente não dá seus frutos, quando ela é sufocada pelas pedras, pelos espinhos ou perdida pelo caminho e não germinam, pois não caíram em boa terra, ficamos muito tristes, pois é como se tivéssemos perdido um filho.

O texto de Gálatas 6.9 ao meu entender reflete bem a missão da SEARA URBANA e quero pensar baseado nele, em três POSTURAS que devemos ter diante deste desafio tão grande de anunciar as Boas Novas de Cristo.

Qual deve ser então a nossa POSTURA diante deste Desafio?
“E não nos cansemos de fazer o bem, pois a seu tempo colheremos, se não houvermos desfalecido”.

A 1° Postura é Compreender o que é “fazer o bem”.
Que bem que Deus deseja que você faça? Qual a importância de fazer o bem? Como deve ser praticado o bem? De uma forma prática, identifico pelo menos dois aspectos:
Fazer o Bem na área Material;
E fazer o bem Espiritual.

O BEM MATERIAL

Tiago fala sobre este bem:
“15 Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, 16 e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?” (Tiago 2.15-16)

O que Tiago está querendo dizer e o que acontece muito em nossas igrejas é entender que não adianta bater nas costas da pessoa necessitada e dizer “vai em paz”, “Deus te abençoe”. Ou usarmos aqueles jargões de crentes. “Deus tem um propósito na tua vida”. Só que vira as costas e não supre a necessidade. Tiago dá o seu alerta:
“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando”. (Tiago 4.17)
Lembre-se que Jesus disse que aquele que faz o bem para o próximo, na verdade faz para ele. (MT 25. 34-40). E “há situações que 1º é necessário alcançar o corpo e a boca da pessoa, para então, depois alcançar o coração”

O BEM ESPIRITUAL

Leia o texto de Colossenses 3.12, 14, 16-17 transcrito abaixo:
“12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”.
14 acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.
16 Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. 17 E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.

Devemos saber ouvir muito mais do que falar. E ao falar, que seja com Sabedoria para Edificação da pessoa. Saber Quando falar; O que falar e Como falar. Saber entender a Pessoa e seus problemas. Ter Empatia e Compaixão. Ser amigo e companheiro. Instruir na palavra de Deus, buscando a edificação do próximo.

Fazer o Bem é Amar o próximo
E SEM AMOR qualquer ação de nada vale (1Co 13).
A 2º Postura é Visualizar “A colheita” que é nosso alvo!
Como na maioria dos casos, Deus nos dá uma promessa mediante uma posição de obediência. Para que a colheita seja realizada existe uma condição: Qual é a condição proposta no texto?
“colheremos o bem que semearmos, desde que não desanimemos ou abandonemos a causa”.
Muitos desistem, e por vários motivos assim como em qualquer outro ministério na SEARA URBANA não é diferente, se fossemos contar quantos passaram ou apenas visitaram, quiseram conhecer o trabalho, outros se apaixonaram pelo ministério e fizeram promessas de participação e empenho, mas por alguma razão desistiram. Quais são as possíveis razões?

Você pode Desanimar se achar que deve ser RECONHECIDO:

CUIDADO: Qual é a Motivação do seu coração ao Fazer o bem?

Sabemos que O reconhecimento vem de Jesus, não temos que esperar reconhecimento por aquilo que fazemos. E apenas Jesus é merecedor de toda Honra e toda Glória. Sinta-se FELIZ por isso ao participar do ministério. Lembro-me das palavras de João Batista quando questionado sobre os Batismos que Jesus realizava, ele disse:
“O que importa é que Ele cresça e eu diminua” João 3.30.
Devemos ser Humildes.

“Junto da Humildade está a dedicação”
A Falta de dedicação é o Relaxo.
“Maldito é aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente” Jeremias 48.10
“Tudo quanto vier a tua mão para fazer faça com todas as tuas forças...” Eclesiastes 9.10a
Seja Perseverante, Dedicado, Humilde, Dê o Melhor para Jesus. ELE Merece. Qualquer coisa que você dê para Jesus que seja menor que a tua própria vida será pouco. Afirmo isso, porque Jesus merece o melhor de nós e o que temos de mais precioso é a nossa própria vida. Pense nisso!

A 3° Postura é Saber que “O TEMPO” da colheita pertence a Deus.
“E não nos cansemos de fazer o bem, pois a seu tempo colheremos, se não houvermos desfalecido”.

A palavra usada é kairo,j Kairós. Significa o Tempo “certo”, “próprio”, “oportuno”, “favorável”. O TEMPO de DEUS.
Outra desistência da obra é por falta de entendimento e paciência em esperar o crescimento do fruto no seu kairós. Nossa tendência é ver os frutos rapidamente e isso nem sempre acontece.

UM ALERTA:
Podemos achar que o erro é nosso.
Surge um sentimento de culpa, pois os frutos não aparecem e você pode ser cobrado por isso.
Você deve saber esperar o tempo certo para a colheita e que nem todas as sementes irão frutificar, exatamente porque nem todas caem em boa terra. Você deve entender que o tempo pertence a Deus e não a nós. Assim como as árvores que tem o tempo certo para o plantio, para a poda, para frutificar e para a colheita. Deus é quem faz a semente crescer e a cada uma faz de maneiras especificas e diferentes

O apóstolo Paulo disse:
“Eu semeei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento. Portanto, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento.” (Coríntios 3.6-7)
“há tempo para todas as coisas” Eclesiastes 3.1

Lembre-se que a Palavra de Deus nunca volta vazia ela é poderosa e cumprirá o propósito dela na vida das pessoas a quem fizer bem. Sua missão portanto é fazer o bem é lançar as sementes. Por isso:
“não se canse de fazer o bem, pois a seu tempo colherá, se não houver desfalecido”.
Não desista, não desanime. “Faça o bem, sem olhar a quem”.

No amor de Cristo, Paulo Berberth.

Gentilmente escrito para a SEARA URBANA

http://pauloberberth.blogspot.com

terça-feira, 27 de outubro de 2009

ESTEJAM ATENTOS

Mateus Feliciano
Coordenador da SEARA URBANA

"E Jesus terminou, dizendo: — Fiquem alertas! Não deixem que as festas, ou as bebedeiras, ou os problemas desta vida façam vocês ficarem tão ocupados, que aquele dia pegue vocês de surpresa, como se fosse uma armadilha. Pois ele cairá sobre todos no mundo inteiro. Portanto, fiquem vigiando e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo o que vai acontecer e poderem estar de pé na presença do Filho do Homem, quando ele vier."
Lucas cap.21 vers.34-36

Seara Urbana vem chegando pra te lembrar que nós Cristãos temos uma missão: Implantar o Reino dos Céus.
Por isso não podemos deixar nada desviar a nossa atenção e o nosso foco. Se você um dia confessou Jesus Cristo como seu salvador e reconheceu que Ele te libertou do pecado, então você já se alistou para o exército de Deus que luta com uma arma: O amor.

O nosso dia-a-dia nos ocupa o tempo e a mente. Mas podemos selecionar o que vai ser o nosso objetivo em todas as coisas que fazemos. E isto sim vai definir a nossa missão e visão da vida. As nossas atitudes vão sendo feitas em cima destes conceitos que estabelecemos previamente.
Nesta passagem de Lucas, Jesus chama atenção para vivermos atentos não com as contas pra pagar, pro nosso crescimento profissional, para as coisas materiais que precisamos comprar, mas sim sua 2ª vinda a este mundo. Tendo isto em mente, as nossas preocupações serão mínimas e elas não terão forças para nos consumir.

Tempos difíceis são estes em que vivemos, pois não conseguimos arrumar tempo para fazer as coisas. Portanto vamos deixar o "Dono do tempo" que foi, é e a de ser, dirigir nossos passos.
Os marginalizados pela sociedade estão esperando alguma noticia que dê esperança para eles.
Você quer vir com a gente contar a boa noticia?

domingo, 25 de outubro de 2009

A IGREJA PRECISA SEGURAR A CORDA

Rev. Wildo Gomes dos Anjos
Presidente da Missão Vida (Recuperação de Homens de Rua)
www.mvida.org.br

Deus tem sido fiel. Isso nós não podemos nem sequer questionar. Em meio a muitas dificuldades, o Senhor tem cuidado para que consigamos continuar nosso trabalho. Acreditamos que a execução ininterrupta e, até mesmo, o crescimento de nosso ministério deve-se a única e exclusivamente à providência e benignidade do Senhor, que levanta homens e mulheres com corações sensíveis e abertos a ajudar pessoas que sequer conhecem.

Milagres que Deus tem feito em nosso meio precisam ser contados. Nossos irmãos em Cristo, espalhados pelo país, precisam conhecer a ação maravilhosa do Senhor nas vidas de homens que viviam nas ruas e que, pela graça de Deus e por terem sido alcançados através da Missão Vida, hoje têm um convívio saudável e produtivo com suas famílias e com a sociedade.

Quando falamos em divulgação, não estamos falando única e exclusivamente de conseguir novos mantenedores e intercessores para a Missão Vida. Isso é importante, mas não é o nosso objetivo maior. Com a apresentação do nosso trabalho queremos, antes de tudo, despertar a Igreja para o ministério de ação social e misericórdia. Costumo dizer que Deus não tem outras mãos senão as nossas para realizar Sua vontade na vida de quem precisa e ainda não teve qualquer contato com Ele.

Em nossa luta diária para conseguir espaço em igrejas em todo país, temos presenciado situações que não combinam com o Reino. Alguns pastores deixam de cumprir compromissos assumidos ou sequer respondem à nossa solicitação. Outros tratam o Reino como se fosse uma paróquia pessoal e não conseguem ver além dos limites de sua congregação. Muitos irmãos precisam entender que “o campo é o mundo” (Mt 13:38). Quando a Missão Vida alcança alguém, é para o Reino. Quando a Aliança Bíblica Universitária do Brasil evangeliza um jovem, é para o Reino. Quando a JOCUM faz um gol, é o gol do Reino. Somos um só corpo. Somos o corpo de Cristo. Precisamos uns dos outros e não temos outras pessoas com quem contar a não ser com nossos irmãos.

A Missão Vida depende diretamente do trabalho e divulgação como todas as missões, independente da área de atuação. A igreja do Senhor é o apoio para que estas missões continuem dando fruto e realizando a vontade de Deus. A Missão Vida faz um trabalho que a Igreja, de um modo geral, não está preparada para realizar. Poucas igrejas têm condições de executar essa tarefa, mas podem ajudar e investir em quem tem o chamado e qualificação para fazê-lo. Falo pela Missão Vida, mas nisso incluo todas as missões que, como nós, precisam de ajuda. Nós nos dispomos a ir ao fundo resgatar mendigos e marginalizados, mas precisamos que a Igreja segure a corda. Não podemos, entretanto, deixar de agradecer a Deus pelas Igrejas que têm nos recebido e que participam conosco deste ministério. Essas congregações são extremamente preciosas para nós e tornam possível que nosso trabalho continue sendo executado.

Que Deus continue abençoando e recompensando-as!

Gentilmente escrito para a SEARA URBANA

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

COMO EVITAR O PECADO ?

Mateus Feliciano
Coordenador da Seara Urbana


O que fazer para pecar menos ?

Se você é como eu e todo ser humano, já deve ter passado por algumas situações onde fazemos, falamos ou pensamos em alguma coisa que nos deixa incomodados por termos feito algo que vai contra a vontade de Deus e nos sentimos culpados por isto.
Pior ainda se seguido deste sentimento de culpa, nós erramos de novo na mesma coisa, pois isto nos deixa cada vez mais abatidos perante nós mesmos e perante Deus.

É um desafio para todo Cristão de seguir a Deus e pecar cada vez menos e fazer de tudo para evitar o pecado em suas vidas.
Há épocas de nossas vidas que o nosso alvo e foco é evitar o pecado. Concentramos-nos nisto e pensamos o tempo todo em estratégias mirabolantes para passar longe do pecado.

Mas o nosso foco deve ser Jesus e não em evitar o pecado. Não evitamos o pecado, pois ele é mais do que alguns erros nossos, é a nossa essência como ser humano.

Desde que Adão e Eva pecaram, todo ser humano que nasce daquele momento em diante, já vem com um “defeito de fábrica”, o pecado.
Vale lembrar que Deus nos fez perfeitos, como diz a bíblia: “... à sua imagem e semelhança...”. O “defeito de fábrica” é de inteira responsabilidade nossa.

Quando aceitamos o sacrifício de Cristo por nós e aceitamos que a dívida foi paga, Deus não retira o pecado de nossas vidas. Nós continuamos com ele, pois estamos em um corpo corruptível.
Mas a graça de Jesus nos torna inculpáveis pelo pecado, mesmo tendo que conviver com o pecado em nossa vida.

Portanto, ao invés de termos o foco no pecado, mesmo sendo pra evitá-lo, mantemos o nosso foco em Jesus, firmes no caminho que é estreito sim e tem muitas dificuldades. Mas é também o único caminho que nos leva para Deus nos céus.

Assim, a conseqüência da nossa comunhão com Deus vai naturalmente evitar os erros que cometemos nas nossas vidas e assim vamos sendo transformados dia-a-dia pelo sangue de Cristo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

RESPONSABILIDADE SOCIAL E COMPAIXÃO PARA COM OS EXCLUÍDOS

Marcelo Santos
Pastor, Historiador e professor da FTBSP

Introdução:
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus pela visão dada a liderança do Seara Urbana na iniciativa da realização deste projeto. Bandeiras como esta não são fáceis de serem erguidas. Segundo afirma Comblin em seu texto Desafios aos Cristãos do Século XXI, iniciativas como esta “serão sempre limitadas e destinadas a serem corrigidas numa fase posterior da história. A completa realização nunca se dará. Sempre haverá aspectos positivos e negativos. Sempre suscitará a oposição dos conservadores e dos utopistas, por ser realista e atrevida ao mesmo tempo.” 1

Parabéns!!! Tenho imensa alegria em conhecer este Ministério, sob a liderança de uma equipe tão capacitada nas mais diversas áreas, comprometida com o Senhor e com a visão voltada para aqueles que ninguém quer ver: a grande massa de excluídos de nossa sociedade, sociedade esta que inclui os cristãos e suas agências.

Exclusão Social
Para falar sobre Responsabilidade Social e Compaixão para com os Excluídos, antes de mais nada é preciso entender o que é exclusão social.
Comblin afirma que o mundo dos excluídos veio para ficar. Ele é “produzido pelo sistema econômico atual, que vai gerando cada vez mais exclusão.”2

Segundo dados da ONU, em 1995 a população em extrema pobreza chegou a um bilhão e trezentos milhões de pessoas, dos quais dois terços são mulheres. Uma em cada cinco pessoas no mundo sofre de pobreza extenuante e sobrevive com menos de um dólar por dia. Mais de um bilhão de pessoas carecem de serviços básicos; uma em cada 100 pessoas é imigrante ou refugiada, e um em cada quatro adultos é analfabeto. Em um planeta que consome realidades virtuais, a cada dia um quinto da população não tem o que comer, enquanto que oitocentos bilhões de dólares, o que equivale a renda da metade da população mundial, são gastos anualmente em programas militares.

Este é um pequeno retrato de uma época que pode ser caracterizada como a “época das perplexidades”3
No primeiro mundo, os excluídos constituem 1/3 da população, e no terceiro mundo 2/3. A exclusão social não é uma exclusividade dos países de Terceiro Mundo. Na América Latina existem os bolsões de riqueza no meio de um mar de pobreza, ao tempo em que na América do Norte, por exemplo, são visíveis os bolsões de pobreza no meio da riqueza.4 O fato novo é a apartação que se dá entre este dois grupos sociais.

Esse abismo das desigualdades sociais, internamente, nos diversos países, e o verdadeiro sistema de apartação social em escala mundial, vem criando duas vertentes humanas tão distintas a ponto de uma considerar a outra como destituída dos atributos e direitos de qualquer ser humano.5

Nas sociedades pré-modernas o homem trabalhava para viver. Nas sociedades capitalistas, as pessoas passaram a viver para acumular riquezas. O problema é que esta busca ilimitada de riqueza pela riqueza produz efeitos como a grave crise social que vemos hoje. Crise essa que se expressa na pobreza e nos contrastes sociais.

Depois da inviabilidade da promessa de um mundo rico e sem desigualdades feita pelo pensamento liberal, através do seu mito do desenvolvimento em suas diversas teorias, o neoliberalismo, ideologia hoje dominante nem tem mais a preocupação de se mostrar como portadora de solução para os problemas sociais da população como um todo. Por conta disso, assume-se a desigualdade social como um fato inescapável e desenvolve-se uma cultura de insensibilidade.

Essa cultura é fruto de diversos fatores históricos e sociais, além de outros de ordem antropológica.
Existe na sociedade a idéia da inevitabilidade das desigualdades e da exclusão social. Com a queda do bloco comunista e a conseqüente falência de um modelo alternativo, surgiu a tese de que o capitalismo representava o “fim da história”.6 Segundo ela não há nenhuma alternativa possível, e sendo assim, a atual situação social passou a ser vista como não só inevitável, mas justa.

Além disto esta exclusão é também vista como benéfica, uma vez que sendo o neoliberalismo a ideologia hegemônica do nosso tempo, a compreensão é de que o aprofundamento da exclusão e das desigualdades sociais é um bom sinal. Isto porque esta desigualdade é para eles “o motor do progresso econômico, porque incentiva a competição entre as pessoas e é ao mesmo tempo, o resultado de uma sociedade baseada em competição. Além disso segundo eles, a crise social que é sempre vista como passageira, seria o sinal de que a economia esta indo no bom caminho da desregulação e do fim das intervenções do Estado, com vistas a metas sociais”7 Tudo isso baseado no equívoco de identificar o crescimento econômico com o desenvolvimento humano e social.

A questão é que os excluídos vivem ou conseguem sobreviver encontrando brechas no sistema. Vão formando um mundo próprio, separado, com sua própria cultura e relações sociais próprias. Seu mundo é um mundo pequeno, mas que permite viver.

Uma Falsa Reposta
Diante disso a igreja continua a fazer o discurso da opção pelos pobres e excluídos. No entanto, quando examinado o comportamento real, mota-se com evidência que a igreja está fazendo opção pelos incluídos e perdendo o contato com os excluídos.
A influência da igreja na sociedade tem sido mínima. O que muitas vezes se espera da igreja é que ela legitime o sistema e dê alguns remédios de consolo às vitimas. Se ela se dedica a isto terá um lugar privilegiado. Se não fizer assim será marginalizada.8

O afastamento das origens neotestamentárias, é um grande risco para a igreja do Século XXI. Este afastamento é marcado pela fuga da pobreza e entrada no mundo da segurança, da propriedade e da cultura dominante. Toda igreja tende a subir socialmente e, ao mesmo tempo separar-se do mundo dos excluídos. Foi assim com os monges antigos e com as primeiras comunidades cristãs e com a grande maioria das fundações religiosas no decorrer dos tempos. Começam com a presença no mundo dos pobres e, depois de um século, passa para o mundo dos ricos.

Por conta disso, falsas respostas têm surgido. Exemplo disto é a teologia da prosperidade. Ela chegou ao Brasil em meados da década de 70, trazendo uma nova concepção sobre a fé. Bastava crer para ter acesso ao “céu” aqui na terra. Saúde perfeita, excelente moradia, altos salários e poder passaram a ser acessíveis. Entretanto, como demonstra o Paulo Romeiro em sua tese de doutorado agora publicada9, a teologia da prosperidade carece de fundamentação bíblica, logo está longe de ser a verdade. A criatividade sem limite de seus propagadores, reinventando-se continuamente, apresenta novidades irresistíveis àqueles que precisam agarrar-se à esperança de uma condição de vida mais digna. Deus foi transformado num gordo e avaro banqueiro que está pronto a repartir suas benesses para quem pagar bem, assim, o fiel é aquele que paga e o faz pela fé. Qualquer semelhança com a prática das indulgências da Idade Média, certamente não é mera coincidência. Esta é a realidade de parte considerável da igreja evangélica brasileira do início do século XXI. Paulo Romeiro resgata o sentido bíblico da graça de Deus, revelando que por mais que façamos para Deus e por mais caro que isto nos custe, sua graça é um favor imerecido — nenhum dinheiro do mundo consegue comprá-la. Esta talvez seja uma das principais tarefas pastorais deste início de século — estender as mãos àqueles que, frustrados, já não mais acreditam que Deus se importa com eles, cidadãos de um Reino em que riqueza, poder e prosperidade não são pré-requisitos para nele serem admitidos.

Essa teologia da saúde e da prosperidade, surgiu na primeira metade do século XX, nos Estados Unidos. De acordo com essa doutrina, o cristão não deve ser atingido pelas vicissitudes da vida, assunto atraente nos dias de hoje. Muito longe da exaltação da indigência, cara a uma certa tradição católica, sua retórica consiste em proclamar que a pobreza não faz parte dos propósitos divinos. Pelo contrário: tendo criado o ser humano a sua imagem, Deus deseja distribuir riqueza, saúde e felicidade àqueles que têm fé e a exprimem intensamente. Sem nada a perder, mas tudo a ganhar, o fiel é incentivado a apostar tudo para que, de imediato ou em curto período de tempo, qualquer situação de revés mude radicalmente, experimentando assim o sentimento de já estar no caminho da prosperidade.

O Desafio da Compaixão
O desafio é a presença da igreja no mundo dos excluídos. Não basta condenar o sistema neoliberal em vigor. É necessário, mas não basta, porque nada vai mudar por causa disso.
Hoje o mundo dos excluídos está esmagado por um sistema tão forte, tão seguro de si mesmo, que pode dar-se ao luxo de sequer perceber a existência dos excluídos.

Isto nos lembra a situação dos cristãos no império romano antes de Constantino. A força do império era total. Uns tinham todos os poderes, e outros nenhum. A metade dos habitantes era de escravos ou libertos ainda dependentes de seus antigos senhores. Durante 250 anos as comunidades cristãs pobres tiveram de agüentar o peso de uma sociedade que era o contrário de tudo o que estava no evangelho. Mesmo assim conseguiram revelar o Reino de Deus pela sua vida e resistência.

Fica para o cristianismo a interrogação sobre a sua capacidade de manter firme o norte inspirador de seus inícios, quando Paulo anuncia a queda dos “muros da separação” erguidos e mantidos ferrenhamente entre os diferentes.
Paulo anunciou um cristianismo que abolia todos os tipos de exclusão: de caráter religioso que separava judeus e gentios; de caráter econômico e social que dividiam escravos e livres e de relações de gênero que consagravam a supremacia de homens sobre mulheres10.

Atualmente o cristianismo se quiser manter sua credibilidade, tem o dever de encontrar-se na linha de frente da eliminação de todo e qualquer tipo de exclusão.
Segundo afirma John Sttot, “muitos estão dispostos a cumprir a ordem para evangelizar, mas não ouvem o chamado a ocupar-se dos pobres, dos enfermos, dos famintos e dos desesperados.”11

O maior exemplo sem dúvida é o de Jesus.
No sermão de Evangelização que pregou na casa de Cornélio, Pedro apresentou Jesus como “aquele andou por toda parte fazendo o bem porque Deus estava com ele.” (Atos 10:38)
As atitudes de Jesus foram, na verdade, frutos de sua própria compaixão. Esta era a motivação suprema de seus serviços. Jesus se comovia profundamente ao ver a necessidade humana, e isso o movia a ação. Em cada caso foi uma tremenda necessidade humana que despertou o interesse de Jesus.

Marcos 1: 40 Um leproso aproximou-se dele e suplicou-lhe de joelhos: "Se quiseres, podes purificar-me!" 41 Cheio de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: "Quero. Seja purificado!"

Lucas 7: 11 Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão. 12 Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela. 13 Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: "Não chore". 14 Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: "Jovem, eu lhe digo, levante-se!"

Não eram somente as necessidades individuais que despertavam a compaixão de Jesus mas também as necessidades das multidões que ele viu como “ovelhas sem pastor” (Mateus 9:36); ou “porque havia muitos enfermos entre eles” (Mateus 14:14); ou “porque não haviam comido por vários dias e estavam famintos” (Marcos 8:2,3 / Mateus 15:32)
Jesus sentiu compaixão: a palavra mais forte em grego que possa expressar a piedade de um ser humano pelo outro. A palavra vem do mesmo substantivo de entranhas. Um sentimento que move a fazer algo para mudar a situação.

A seqüência era sempre a mesma. A primeira coisa que fazia era ver. Os olhos de Jesus jamais estiveram fechados à necessidade humana. Em contraste ao sacerdote e o levita da parábola do bom samaritano, Jesus viu corretamente, pois não temia encontrar-se cara a cara com a necessidade humana e toda angustiosa realidade. E quando viu foi movido inevitavelmente à compaixão e a um serviço efetivo. “A motivação para a ação passou dos olhos ao coração e daí para as mãos. Tinha sempre compaixão ao ver a necessidade humana e sempre a demonstrava com ação positiva.”12
Demonstramos a nossa compaixão quando nos damos aos excluídos livremente em serviço.

Considerações Finais
É possível agir no meio dos excluídos? Sim, pois não existe sistema tão fechado que não nos deixe brechas. O sistema não pode nem precisa controlar tudo.
John Stott declara o seguinte: “é incrível que como cristãos tenhamos chegado ao extremos de colocar a evangelização e a ação social em oposição, como se mutuamente se excluíssem. Ambas devem ser autênticas expressões de amor ao próximo.

Quem é o meu próximo, a quem devo amar? Não é um corpo sem alma, nem uma alma desencarnada, nem um individuo solitário alienado de um contexto social. Deus o criou como uma unidade integral e físico espiritual, que vive em comunidade”.
Nossa justificação é realmente só pela fé. No entanto, onde quer que os escritores do NT se referem à fé verdadeira, a fé vivente e salvadora, esta vem acompanhada, inevitavelmente por boas obras.

A teologia, as igrejas e os cristãos devem assumir esta tarefa de pensar e agir de um modo criativo, para que a nossa fé tenha de fato uma importância real na defesa da vida dos excluídos.


1 Comblin, José. Desafios aos Cristãos do Século XXI.3ªed. São Paulo:Paulus,2004.p.21
2 Comblin, p.07
3 Dreifuss, René A. A época das perplexidades: Mundialização, globalização e planetarização.-novos desafios. Petrópolis:Vozes,1996.
4 Sug, Jung Mo – Exclusão Social: um tema teológico?
5 Beozo, José Oscar. Grandes questões da caminhada....
6 Fukuyama, Francis. O fim da história e o último homem
7 Sung, Jung Mo. Pg. 152,153
8 Comblin, p. 15
9 Romeiro, Paulo. Decepcionados com a Graça....
10 Beozo, José Oscar....
11 Stott, John R. A compaixão de Jesus....
12 Stott, John R.

Gentilmente escrito para a SEARA URBANA

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cegueira do povo 

Mateus Feliciano
Coordenador da Seara Urbana

Surdos, escutem; cegos, olhem e vejam! Quem é cego, senão o meu servo? Quem é surdo, senão o mensageiro que eu mandei? Você viu muitas coisas, e nada percebeu; abriu os ouvidos, e nada ouviu! Por causa de sua própria justiça, Deus queria engrandecer e glorificar a sua lei; mas o seu povo é um povo espoliado e roubado, todos presos em cavernas, trancados em prisões... Quem de vocês vai escutar isso tudo e prestar atenção para ouvir daqui por diante?”- Isaías 42:18-23

Essas palavras do profeta Isaías foram muito duras mas necessárias para o povo de Israel na época. Fico pensando: "Será que hoje, nos nossos tempos, estamos precisando ouvir isto também ?"
As vezes uma "chamada de atenção" surte algum feito quando Cristãos estão apáticos na missão que Deus confiou a cada pessoa que se compromete com Ela. Vimos tantas coisas que Deus faz em nossas vidas e de tantas outras pessoas, e continuamos do mesmo jeito, sem uma reflexão profunda no que está acontecendo e sem uma atitude de mudança.

Ainda bem que o perdão de Deus pelas nossas vidas através de Jesus faz com que Ele continue a querer a nos usar para implantação do Seu reino neste mundo. Ele sabe das nossas limitações e do pecado que está em nós, mas mesmo assim confia em nós para sermos os seus mensageiros.
Ser usado por Deus e fazer parte da família que Ele nos uniu, é um presente maravilhoso que Deus nos dá. Não é sacrifício (mesmo porque Jesus já o fez por todos e para sempre), é prazer. Mas também isso aumenta a nossa responsabilidade de "vigiar e orar..." para percebermos o que Deus quer e espera de nós.

O Cristão tem por responsabilidade ser o mensageiro de Deus. O de enviar a mensagem da forma que Deus quer e para quem Deus quer enviar. Pra isso acontecer de forma eficiente e eficaz, temos que estar em plena comunhão com Deus para ouvir e saber o que Deus quer e ver as coisas com olhos espirituais para saber o próximo passo a dar. Temos que quebrar paradigmas em nossa vidas para não fazermos as nossas vontades achando que é a vontade de Deus.

Muito do que "achamos" que é pecado, pode ser valores éticos e morais nossos que nada tem a ver com o que a bíblia diz, mas sim com o que nós fomos ensinados e criados a pensar e agir.
Você se lembra de algo que já te perguntaram se é certo ou errado e numa tremenda ingenuidade diz convicto que é errado e então vem a pergunta que nos faz calar: "Por que ?". Muitos travam, pois realmente não sabem a razão e outros ainda dão aquela resposta funcional e espiritual (será?): "Porque isso é o que Deus diz em sua palavra". Não podemos definir as coisas pela nossa justiça e visão. Temos que estar muito bem embasados na bíblia antes de manifestarmos opiniões teológicas.

A leitura da bíblia e oração vai manter a nossa comunhão com Deus e assim as nossas atitudes vão mudando e vamos nos tornando mais parecidos com Cristo a medida que praticamos aquilo que ouvimos de Deus. Uma meditaçao na Biblia e oração por si só transforma-nos o interior, mas a ação vai fazer com que confirmemos o que tem em nosso coração.

Deus espera esta mudança de nós. Uma mudança diária.
Que daqui por diante nós possamos prestar atenção no que Deus fala.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

DROGAS: UM DEPOIMENTO COMOVENTE E UMA PROPOSTA INUSITADA

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Aos domingos, o jornal “Correio Braziliense” (com z mesmo, homenageando o primeiro jornal brasileiro, da época do Império) traz a “Revista do Correio”. A de 20 de setembro trouxe uma entrevista com Odacir Klein, que foi Ministro de Transportes do Governo Fernando Henrique. Ele passou 40 dos seus 66 anos bebendo. Ficou famoso, não pela atividade como Ministro, mas por um acidente automobilístico em que seu filho atropelou uma pessoa, matou-a e se evadiu. Foi condenado a pagar cestas básicas. Recordo-me do alarido na época. Odacir estava ao lado do filho, que dirigia. Mas, alcoolizado, sem condições de guiar. O filho, inexperiente, não foi muito hábil, provocou o acidente e fugiu. Odacir acha que ele fugiu para não expor o pai, bêbado, ao seu lado. Ninguém acreditaria que não fosse o ex-ministro.

Odacir é franco, fala abertamente do vício, e divulga seu livro “Conversando com os netos”, sobre o perigo da bebida. Expressa sua crença religiosa. É “católico praticante, mas sem fanatismo religioso”. Algumas pessoas religiosas têm medo de serem vistas como fanáticas ao expressarem sua fé. Sentem-se acuadas pela cultura secular? Ninguém receia ser chamado de fanático pelo seu time de futebol...

A entrevista é boa e inteligente. As repórteres Ana Dubeux e Cristine Gentil são do ramo, e o “Correio” é um bom jornal. Elas dizem que há uma cultura ligando bebida ao prazer. Odacir lembra que “prazer e felicidade não são sinônimos”. Diz que tinha imenso prazer em beber, mas era profundamente infeliz. Gostei do que li e procurarei o livro.

No mesmo domingo chega-me a “Veja” de 23 de setembro. Nas páginas amarelas, o ex-presidente Fernando Henrique, com quem Klein trabalhou, defende a descriminalização das drogas. Comparei os dois textos. O douto sociólogo faz afirmações que me desnorteiam. Como perdemos a batalha contra as drogas, o melhor é liberá-las. Não sei, Dr. FHC. Perdemos a batalha contra o crime e contra a violência. Devemos liberá-los? Diz ainda que as drogas não devem ser demonizadas. Usada por um ateu (um direito do douto ex-presidente), a expressão é curiosa. Deve ser santificada? Canonizada? Diz ainda que a lei não deve ser dura com o usuário, porque na cadeia ele continuará fumando maconha. Meio confuso. Ser duro não significa mandar para a cadeia. E se ele fumar na cadeia, seus repentes de violência não afetarão esposa, filhos e outros que nada têm a ver com seu vício. E, se não me engano, na velha lei da oferta e procura, se um produto não tiver consumidor, não será vendido. O viciado não é um coitadinho, vítima da sociedade (como esta infeliz apanha!). É alguém que optou por aquilo. Se não houver quem compre não haverá quem venda.

Posso entender a posição de FHC, um homem lúcido, um pensador. Mas continuo desconfiado de que a indulgência não é a melhor política. Se o álcool quase destruiu a vida de Odacir, e segundo ele, levou um de seus filhos ao suicídio, será que maconha, cocaína, heroína e crack são menos destrutivos? Se o Dr. Fernando ouvisse o que um pastor ouve de pais angustiados por verem seus filhos dominados por drogas! Se ouvisse os relatos que ouvimos de mulheres espancadas por maridos dominados por maconha, e ouvisse como, entre muitos, ouvi uma avó espancada pelo neto para financiar sua maconha, não teria a visão acadêmica do mundo das drogas.

Numa época em que o cerco ao cigarro se aperta, a defesa da liberação da maconha por pessoas como FHC e o curioso Minc me surpreendem. Alegar que Obama fumou maconha e chegou à presidência dos EUA não significa muito. Nem todos os usuários de drogas chegam à presidência de um país. Muitos se tornam assassinos e outros, assassinados. Não é a questão de legalização, mas a questão dos efeitos destrutivos das drogas.

Poderão me acusar de simplista, mas a questão tem uma dimensão que a pessoa sem visão espiritual não compreenderá nunca. O problema é o vazio, a falta de sentido para a vida, a sensação de angústia por não achar significado na existência. Não me convenço com discursos sociológicos. Volto a um ponto tão óbvio que me surpreende que não seja visto, mas entendo que a pessoa sem Deus não o veja: há um imenso vazio emocional e espiritual nas pessoas. Vivemos num mundo de valores falsos, que exalta o ter coisas, a posse de bens e o prazer. Não se fala de valores morais (aliás, sempre que se toca no assunto quem o comenta é “falso moralista”), nem de responsabilidade. A busca de prazer acima de tudo e a concepção de que o sentido da vida está em curtições, baladas, drogas, etc., iludem as pessoas. Elas estão cegas pelo erro!

Foi Sócrates quem disse: “A vida que não é examinada não é digna de ser vivida”. As pessoas não se examinam, não pensam, têm medo do silêncio. O alto volume dos aparelhos de som, o fato de que as pessoas chegam em casa e ligam a tevê para não pensarem, a fuga através do lúdico (“Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja”) e a idéia de que a verdadeira vida está na busca de prazer sensual dominam nossa sociedade. Assim vemos pessoas cheias de coisas e de bens, mas vazias de conteúdo. Com coisas, sem Deus, e sem nexo...

Pessoas vazias de Deus buscam o sentido da vida nos outros, no time de futebol, nas festas, nas drogas. É deprimente ver a cantoria desafinada de bêbados achando que estão abafando, e que estão sendo felizes. É tão citada que ficou sem impacto a frase de Agostinho, mas é profundamente real: “Tu nos criaste para ti, e a nossa alma só encontra descanso quando descansa em ti”. Quem tem uma experiência real de vida com Deus descobriu o sentido da vida. Não a perde nos vícios, tem procedimento construtivo e deixa marcas positivas de sua vida.

Odacir Klein usava droga lícita. E se destruía. FHC quer a legitimização das demais drogas. Talvez o raciocínio de que assim acabará a luta dos traficantes. Mas os efeitos destrutivos continuarão. Serão legitimadas, mas continuarão mortais. E por isso, mesmo contra o pensamento do douto sociólogo, devem ser demonizadas, sim. Não cheiram a enxofre, mas fazem a pessoa viver num inferno.

As igrejas estão caladas neste pré-debate. Ou com medo de dizerem que seu discurso é “careta” ou porque estão ocupadas com outros assuntos. Mas precisamos dizer que a liberação das drogas trará mais desgraças para a sociedade. Temos vários ex-drogados em nossas igrejas. É hora de eles darem seus testemunhos. Pastores ouvem relatos de sofredores pela devastação das drogas. Não podem revelar o que ouvem, mas têm que dizer: liberar drogas não é a solução. O álcool é liberado, mostrado como sofisticado e festivo (quem bebe cerveja tem loiras aos montes do seu lado), mas é assassino.

E ao senhor ex-presidente, respeitosamente, peço-lhe que leia a entrevista do seu ex-ministro. E embora os intelectuais não primem sempre pela coerência, pense nisto: a licitude de uma droga não a torna menos letal.

Gentilmente cedido para a SEARA URBANA

www.isaltinogomes.com

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Elias ressuscita o filho da viúva

Maurício Montagnero

Então o SENHOR Deus disse a Elias: — Apronte-se e vá até a cidade de Sarepta, perto de Sidom, e fique lá. Eu mandei que uma viúva que mora ali dê comida para você. Então Elias foi para Sarepta. Quando estava chegando ao portão da cidade, ele encontrou a viúva, que estava catando lenha. Elias disse a ela:
— Por favor, me dê um pouco de água para eu beber. Quando ela ia indo buscar a água, ele a chamou e disse:
— E traga pão também, por favor. Porém ela respondeu:
— Juro pelo seu Deus vivo, o SENHOR, que não tenho mais pão. Só tenho um punhado de farinha de trigo numa tigela e um pouco de azeite num jarro. Estou aqui catando uns dois pedaços de pau para cozinhar alguma coisa para mim e para o meu filho. Vamos comer e depois morreremos de fome. — Não se preocupe! — disse Elias. — Vá preparar a sua comida. Mas primeiro faça um pãozinho com a farinha que você tem e traga-o para mim. Depois prepare o resto para você e para o seu filho. Pois o SENHOR, o Deus de Israel, diz isto: “Não acabará a farinha da sua tigela, nem faltará azeite no seu jarro até o dia em que eu, o SENHOR, fizer cair chuva.” Então a viúva foi e fez como Elias tinha dito. E todos eles tiveram comida para muitos dias. Como o SENHOR havia prometido por meio de Elias, não faltou farinha na tigela nem azeite no jarro. Algum tempo depois, o filho da viúva ficou doente. Ele foi ficando cada vez pior e acabou morrendo. Então ela disse a Elias:
— Homem de Deus, o que o senhor tem contra mim? Será que o senhor veio aqui para fazer com que Deus lembrasse dos meus pecados e assim provocar a morte do meu filho? — Dê-me o seu filho! — disse Elias. Então pegou o menino dos braços da mãe e o levou para o andar de cima, para o quarto onde estava morando, e o colocou na sua cama. Então orou em voz alta, assim:
— Ó SENHOR, meu Deus, por que fizeste esta coisa tão terrível para esta viúva? Ela me hospedou, e agora tu mataste o filho dela!
Aí Elias se deitou em cima do menino três vezes e orou deste modo:
— Ó SENHOR, meu Deus, faze com que esta criança viva de novo! E o SENHOR Deus respondeu à oração de Elias. O menino começou a respirar outra vez e tornou a viver. Elias pegou o menino, e o levou para baixo, para a sua mãe, e disse:
— Veja! O seu filho está vivo! Então ela disse a Elias:
— Agora eu sei que o senhor é um homem de Deus e que Deus realmente fala por meio do senhor! - 1Reis 17: 8 á 24

Graça e paz meus amados irmãos do Seara Urbana! Bem, este texto ele é muito interessante, pois vemos a providência de Deus sobre a vida do Profeta Elias. Entretanto, temos o costume em notar somente o milagre na vida do profeta neste texto, e não vemos que a Viúva de Sarepta foi abençoada por Deus. Eu olho para este texto e me pergunto: será que a providência veio em uma porção maior para Elias ou para a Viúva?

Nosso Deus é um Deus Soberano que opera de uma forma abrangente que vai além de nossa imaginação... Ele poderia ter mandado Elias para uma casa de família próspera, e lá manter Elias. Todavia Deus mais uma vez olha para vida dos necessitados e manda Elias para a casa de uma Mulher viúva, pobre, que mais tarde perderia o seu maior tesouro que era o seu filho. Mas Deus envia Elias para aquela casa, e ele é usado por Deus para trazer comida para aquela mulher e trazer a vida do seu filho novamente; acredito eu que neste texto, Deus procurou fazer da circunstância do momento do contexto, para trazer uma providência maior para a vida da mulher que estava necessitada.

Que dá mesma forma que Elias foi um canal de benção para vida daquela mulher, que os voluntários da Seara Urbana possam se colocar na mesma posição que á de Elias, e procurarem ser benção para a vida daqueles moradores de Rua, travestis e prostitutas, “enchendo a botija deles” tanto no alimento natural que levam toda sexta-feira, como o alimento Espiritual; e que também possamos ser usados para restaurar a vida familiar deles “fazendo ressurgir seus filhos”.

E é interessante o reconhecimento que Elias tem no último versículo: “Então, a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” .

Que possamos igualmente, sermos reconhecidos como servos do Senhor, e que a palavra do Senhor venha a nossa boca como Espada de dois Gumes.

gentilmente escrito para a SEARA URBANA

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O verdadeiro tesouro

Mateus Feliciano
Coordenador da SEARA URBANA

“E disse Jesus ao povo:
- Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.
Contou então uma parábola, dizendo:
O campo de um homem rico produzira com abundância;e ele arrazoava consigo, dizendo:
- Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos.
Disse então: Farei isto: derrubarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens;e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te.
Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” - Lucas 12:15-21

Como ser rico pra Deus ? Talvez tendo muito do que Ele considere importante e não do que a gente acha que é.
A vida toda a gente leva um a vida agitada de estudar, trabalhar, cuidar da família e até mesmo das "coisas" da igreja.

Mas que tesouro nós verdadeiramente estamos ajuntando de tudo isto ? No final das contas aonde iremos chegar com tudo isto ? Deus nos aconselha a ajuntar um tesouro sim.
Aconselha que sejamos muito rico e que temos muito das coisas que são importantes. Mas precisamos identificar o que é importante e o que não é. Inclusive se conseguirmos identificar este tesouro, Deus nos garante que no lugar onde o ajuntarmos a traça não vai corroê-lo.

"O Reino dos céus é como um tesouro..."
Isto é importante : tudo aquilo que for eterno. Empregos não são eternos, faculdade não é eterno, casas não são eternas, mas tudo isto pode ser usado para investirmos no que é eterno: amor, misericórdia, perdão.

Jesus é o caminho, a verdade e a vida e ninguém chega ao Pai, senão for por Ele. Através da vida e sacrifício de Jesus, podemos enxergar o que é eterno e o que não é, o que é importante e que não é. Com uma comunhão verdadeira com Deus podemos visualizar como ajuntar este tesouro que ladrão nenhum pode roubar. Não precisa de seguradora. O seguro já foi pago por Jesus Cristo em uma cruz por você e por mim.

Venham conosco pelas ruas de Campinas para dar aos moradores de rua, um tesouro que eles podem alcançar: JESUS CRISTO !!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ora(Ação)

Léia Baldassari

"Em todas estas cousas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou." (Romanos 8.37)

Há alguns anos foi lançado em Israel um selo postal em homenagem aos soldados que tombaram na guerra. O selo mostrava um soldado com um capacete e um manto de oração. Será possível simbolizar de maneira mais precisa o poder da oração? Dificilmente. Aquele que ora, luta e o lutador, ora. Nossa batalha espiritual é um verdadeiro golpe no ar quando não oramos. Se sua vida de oração não acompanha a luta que lhe foi designada, você vai ser derrotado. Ai de nós se anunciarmos a Palavra de Deus sem que antes tenhamos batalhado de joelhos.

Todos os filhos de Deus são reis e sacerdotes, mas em um ministério que deveria ser real e sacerdotal, às vezes, existe uma grande falta da santa influência do Senhor. Eu temo que, em nossas atividades para o Senhor, existam demais características da maneira baixa, agitada e calculista dos empresários de nossos dias. Quem tem algo a dizer ou a fazer no Reino de Deus, quem tem uma incumbência do Senhor ou um cargo importante só consegue ser um servo de Cristo e não de homens quando leva uma vida de oração. Por isso, ore! Ore exatamente naquelas situações em que você está diante de um caso insolúvel, quando está tomado de profundo abatimento, pois está escrito: "No dia em que eu clamei, tu me acudiste, e alentaste a força de minha alma."

Reflita: ''Apenas aquele que perdoa é capaz de compreender completamente o sacrifício que Jesus fez na cruz!!

"Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo." (João 8.6)

O versículo acima está contido no relato onde uma mulher adúltera é trazida a Jesus por seus acusadores. E com esse acontecimento, o Senhor Jesus se defronta com um dilema aparentemente insolúvel, pois a justiça divina tinha que ser cumprida integralmente. Se em sua consciência você se sente acusado e merecedor de condenação diante da face de Deus, isso é verdade, porque Deus é santo.

Mas preste atenção no maravilhoso caminho que Jesus abriu para essa mulher, essa adúltera, em seu dilema: "...inclinando-se, escrevia na terra com o dedo." É como se, com esse procedimento, Jesus quisesse dizer: "Sim, esta mulher pecou, mas eu me humilho em seu lugar." Será que Ele escreveu palavras de misericórdia na terra? Podemos imaginar que sim, pois logo depois de dizer aos acusadores da mulher: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra", eles se retiraram um por um, e aí Jesus novamente se ergueu e falou: "Mulher... ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então lhe disse Jesus: Nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais." Essa mulher achou perdão e podia exclamar: Jesus me perdoou! Ele mudou a minha vida!

gentilmente escrito para a Seara Urbana

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Caridade ou amor ?

Mateus Feliciano
Coordenador da SEARA URBANA

“Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos comfome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos?Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que ofizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim ofizestes.” - Mateus cap.35 vers.37-40

Jesus não era um morador de rua, como já ouvi algumas pessoas falar.
Mas era chamado de "beberrão e comilão". O chamavam assim, não porque Ele o era, mas porque sempre estava juntos dos que assim se comportavam.

Jesus disse em certa ocasião: "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes"(Mt 9.12). E disse também: "não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem."(Mt 15.11)
O que nos tem impedido de estender a mão ao mais necessitado?
Dizer que as pessoas não enxergam os mais carentes é fácil quando nós mesmos não enxergamos com o nosso coração.
Os olhos vêem mas o coração não sente, do que adianta ?

Imagina a situação: Uma pessoa está com problemas e está triste e preocupado. Então chega uma outra pessoa e diz que percebeu que ela não estava muito bem e quer te ajudar. Então esta coloca a mão no bolso, pega uma moeda e diz: "Tome esta moeda e que Deus te abençoe" e depois vai embora.
O problema foi resolvido ? O cidadão não quis nem saber primeiro qual era o problema e a necessidade que seu próximo tinha e se poderia ajudar de alguma forma.
O que nos faz pensar então que o que a maioria das pessoas fazem com os moradores de rua é o mais correto ?
Como somos capazes de sermos tão preguiçosos espiritualmente e não querermos saber ao fundo o problema e a necessidade do nosso próximo ?
Amar dá trabalho e gasta tempo. Estamos dispostos a investir (e não gastar) tempo com as pessoas ? Em qual reino estamos ajuntando o nosso tesouro ?

Precisamos entender a causa e a razão dos problemas destes pequeninos.
Assim como alguém que apenas nos olha não pode entender a nossa vida, também não podemos saber destes mais carentes somente olhando eles.

Tentemos ouvir o grito, como diz Karina Brandão, dos excluídos nas ruas. São gritos abafados pelo desprezo da sociedade.

Mas podemos dar algo que Jesus oferece a toda aquele que Nele crê.
Jesus não nos deu uma moeda e um tapinha nas costas dizendo: "Deus te abençoe". Ele nos deu seu ombro pra chorarmos as nossas tristezas, o seu colo para nos confortar da dor, a sua mão para segurarmos no momentos de aflição, palavras de carinho e ânimo nos dias ruins... Como ? Através de cristãos que verdadeiramente os são.

Os que Cristãos devem se completar como corpo de Cristo para andarem na mesma direção.
Se você não tem nenhum Cristão que possa compartilhar as suas angústias, vitórias e medos, é porque então alguns estão falhando no: "Tomar a cruz, negar a si mesmo e seguir a Jesus".

Que desejemos mais do que apenas ajudar ao próximo, mas sim amá-lo verdadeiramente. Mais do que sermos chamados de Cristãos, de nos parecermos com Cristo.
Que possamos estar dispostos a deixar Cristo trabalhar em nossas vidas. A não ser que você ache que não tenha mais nada para ser trabalhado em sua vida.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Perdão, comportamento e não sentimento

Cris Oliveira
Líder de Música da SEARA URBANA

Quero iniciar o texto com a seguinte pergunta, O que é perdão?
E para compreendermos o que significa, vamos abordar e pensar;
A respeito de alguns diálogos que encontro no decorrer do meu dia a dia e talvez você ate já tenha presenciado tal fato também. Discussões do tipo: Esses três dias de silencio em casa e não resolveu nada!? Aquela conversinha mole no telefonema de ontem e ainda não
Não resolveu nada? Aquele presentinho que você deixou sobre a cama muito menos!

Precisamos acertar contas e acertar contas não e tarefa fácil, tem que ter confrontação, nos evitamos esses acertos de contas, essas confrontações e vamos protelando e tudo escamoteado. Falamos com o primo, vizinho, pastor, amigo, menos com a pessoa. Aí fica aquele clima lá em casa...
Quando esta todo mundo educado e que a coisa esta ruim mesmo:
Tipo: - passa o açúcar por favor .

Não confrontamos e acreditamos que logo passa, a poeira vai abaixar e tudo se resolve.
Alguns psicólogos fizeram um estudo e constataram que há casais com problema desde a lua de mel, porque não confrontaram e não acertaram contas sobre ocorrido.
Por que precisamos acertar contas?
-porque existem muitos maridos que são o que são porque as mulheres deixaram ser.
-porque existem muitas mulheres que são o que são porque os maridos deixaram ser.
-porque existem muitos filhos que são o que são porque os pais deixaram ser.

Falta confrontação, um acerto de contas. Para ilustrar contarei a historia do caipira em lua de mel:
Conta-se que o caipira casou e foi para sua tão esperada lua de mel lua de mel guiando a sua carroça quando para sua surpresa o burro empaca, e burro quando empaca quem o tira do lugar? Mas, o caipira vai ao ouvido do burro e diz:
-um!
E ele anda mais alguns metros e o burro torna a empacar lá vai ele ao ouvido do burro e diz:
-dois
anda mais outros tantos metros e empaca novamente o burro, ele vai novamente ao ouvido do burro e diz :
-três
volta a andar com o burro, e o burra empaca de novo, ele desce da carroça pega o seu revolver e da um tiro na cabeça do burro e sua esposa começa a gritar e berra com ele dizendo:
-você esta louco como pode matar o burrinho deste jeito ?
-o caipira olha para ela e apenas diz :
Um!

Tem muitas mulheres que nunca ouviram um, tem muitos maridos que nunca Ouviram um, tem muitos filhos que nunca ouviram um.
Há pessoas que não consegue confrontar o problema, a nossa consciência precisa ouvir um de Deus.
Uma vez um amigo me disse: Não consigo perdoar, tenho que sentir antes para perdoar se não serei Hipócrita!
Um outro grande amigo disse o seguinte: Perdão não e uma questão de sentimento e sim de comportamento. Não é uma questão de capacidade e sim de mandamento.
(Ora se o teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só) mt 18,15

Pensamos que repreender é soltar os cachorros em cima da pessoa que às vezes nos prejudicou,mas , não e nada disso repreender e trazer para a luz.
Se você esta esperando sentir para se comportar, você esta no caminho errado, neste caso ação tem que preceder os sentimentos, pois, o sentimento ruim vai enrijecendo, adoecendo dentro de nos.
Porque não perdoamos?

Há algo em nos que podemos denominar egocentrismo, poderíamos destrinchar um assunto apenas sobre isto, mas não e necessário neste caso,porem ele é a maior causa porque não perdoamos, então se você gosta de sofrer não perdoe.(herner kushener, livro o quanto e preciso aprender a ser bom)
Ele faz a seguinte pergunta:
Por que as crianças brigam e cinco minutos depois estão de bem?
Por que elas preferem ser felizes do que ter razão, nos preferimos ter razão do que sermos felizes.
Esse e um dos motivos pelos quais não perdoamos.

Esaú apesar da preferência familiares dos pais em gênesis, não quis perder mais tempo entre ter razão e ser feliz.
Gn 33.4 então Esaú correndo ao encontro, abraçou-o lançou-se-lhe
Ao pescoço e o beijou e eles choraram.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Obediência

Bruno Elias Menezes

Dou aula na Escola Biblica Dominical de minha Igreja para os jovens. Estamos estudando a bíblia por estruturas e temas principais. Na semana passada falamos sobre o Pentateuco. Quando estava preparando a aula ao passar pelo Livro de Levítico deparei-me com algo muito interessante que creio ser importante neste momento.

Levítico 25.35 diz assim: "se teu irmão empobrecer e suas forças decaírem então sustentá-lo-ás"; o verso 39, "Também se teu irmão empobrecer, estando ele contigo e vender-se a Ti, não o farás servir como escravo" Depois no capítulo 26.3 ele diz "Se andares nos meus estatutos e seguirdes os meus mandamentos... então vos dareis chuva no tempo certo".

Observando este texto me perguntei porque ele deixa para falar de pobre e escravo no fim do livro e depois fala da odediência? Creio que por um motivo simples. O povo tem facilidade em despresar o pobre e o trabalhador (escravo). O texto afirma que se teu irmão passar por necessidade você deve sustentá-lo. A idéia de irmão no A.T. é qualquer um que fazia parte da nação de Israel. Hoje quem é a nação de Israel? Somos todos nós que fomos salvos pelo sangue de Cristo!

Deus nos chama a obedecer. Obedecer sustentando nosso irmão que passa por dificuldade. Na rua nas últimas semanas estão acontecendo conversões, como vamos sustenta-los? Pois agora eles são nossos Irmãos! Termino mostrando o que acontece quando não obedecemos!

"Mas se não me ouvirdes... se rejeitardes os meus estatutos... então, vos farei isso: porei sobre vós terror..." Lv 26. 14a, 15a, 16a.


gentilmente escrito para a SEARA URBANA

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Porque Sofremos ?

Alexandre Magno

Quando não temos mais a quem recorrer, não temos mais lugares seguros e nossas "armas"tornam-se ineficazes, então sofremos.Ficamos à mercê da angústia, da depressão, tornamo-nos vulneráveis, débeis.Sofremos por não buscarmos a exata dimensão das coisas que DEUS, de antemão, preparoupara nós, que recebemos a "exoucia" ( autoridade ) de chamá-lo de pai.

Sofremos por não agarrarmos a excelente dádiva de, mesmo não merecendo, sermos tratados como filhinhos muito amados.Inúmeras vezes gastamos tempo precioso morrendo de pena de nossa vidinha espiritual rasa, pouca e esperamos que outros, com sentimento igual, façam o mesmo, e consolemo-nos numasimbiose às avessas.Sofremos ainda por não entregarmos toda a nossa vida, sem reservas ou imposições ao DEUS que tudo pode.

Temos desperdiçado nosso tempo, preocupados com a solução de assuntos que DEUS já tirou de nossas mãos.Temos sofrido, acusamo-nos com pecados que já confessamos e que já foram pagos, na cruz.Acostumamo-nos a nos aproximar de DEUS com dores que não são mais nossas. Sofremos; somos um povo de coração embrutecido e desacostumado a perdoar, e o que épior, desacostumados com a certeza do perdão liberado na cruz; somos incrédulos quando oassunto é perdão.

Só que não dá prá jogar na vala do esquecimento, tudo que ouvimos, vimos e vivemos acercado jugo suave e do fardo leve.A nós, povo de DEUS; a despeito da placa que enfeite nossos templos, não é permitido sofrerde maneira tão irresponsável.Seja feliz, seja perdoador, seja livre, viva livre, só prá DEUS.

Em JESUS,
Alexandre Magno

Alexandre Magno é obreiro da Missão Vida
Uberlândia/MG
http://www.mvida.org.br/

Gentilmente escrito para o blog da SEARA URBANA

domingo, 14 de junho de 2009

JUBÃO 2009 - Encontro de Jovens de Campinas e região


JUBÃO 2009


Verás que um filho teu não foge à luta!


(Julho/2009) - Campinas/SP


Igreja Batista Central de Campinas
Rua Doutor Quirino, 930 - Centro - Campinas/SP


Dia 4 - IBCentralPr.Tunico (Triball generation)
Dia 11 - IBCentral Pr. Marcelo Santos


Primeira Igreja Batista de Campinas - PIBC

Av. Andrade Neves, 1848 - Castelo - Campinas/SP


Dia 18 - PIBC Pr. Fabricio Cunha (Pastor de jovens IB Água Branca)
Dia 25 - PIBC Rev. Sandro Baggio (Proj.242)


Sempre às 20 h

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Em Americana, no dia 14 de Março será realizado um ato histórico. Pela primeira vez na região metrôpolitana de Campinas, um festival alternativo de Rock'n Roll cristão acontecerá. O festival pretente delinear novos rumos na ação missionária urbana Jovem. PREPARE-SE SUA VIDA SERÁ TRANSFORMADA!!!

Em Americana, no dia 14 de Março será realizado um ato histórico. Pela primeira vez na região metrôpolitana de Campinas, um festival alternativo de Rock'n Roll cristão acontecerá. O festival pretente delinear novos rumos na ação missionária urbana Jovem. PREPARE-SE SUA VIDA SERÁ TRANSFORMADA!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Não pregue a praga !

Mateus Feliciano
Coordenador

Ouvi uma grande lider evangélico do Estado de São Paulo dizer: " Os homossexuais são uma praga". Mas o pior não foi só a frase, mas foi o fato deste líder ser (ou pelo menos ele diz ser) Cristão.

Fico pensando na minha vida e vejo que por muitos anos fui uma praga para a sociedade, mas para Deus eu nunca fui.
E este Deus maravilhoso colocou uma pessoa muito importante na minha vida que ama a Deus sobre todas as coisas e as pessoas como a ele mesmo. Ele não me via como uma praga, apesar de muitos acharem que eu era por causa das minhas bebedeiras, das minhas baladas e da minha "pegação" de mulher. Mas este meu amigo é um Cristão e percebo que deste aquela época, ele acreditava em mim e me via como uma pessoa que Deus ama e que ele estava amando com este amor de Deus.
Não existe ser humano que seja uma praga. Baratas e formigas que são insentos até podem ser, mas gente, não é.

Devemos questionar pessoas e principalmente Cristãos que não amam pessoas e que desvalorizam a única criatura que Deus fez e que deu a sua imagem e semelhança. Não somos macacos (como muitos insistem em afirmar). Somos seres que até os anjos queriam ter a nossa missão em Jesus.

Deus detesta o pecado mas ama o pecador. Homossexuais conforme a bíblia trata em Provérbios, estão cegos espiritualmente por não enxergarem o que Deus quer da vida deles. São pessoas não diferentes de ninguém e não menos valorosas do que qualquer um. São pessoas como nós que Deus ama e tem um própostito llindo para cada um.

Se enxergamos as pessoas que temos problemas pessoais como pragas, e não as enxergamos como Deus as vê, vamos perder a maior benção que Deus nos dá, o Amor.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Quem somos ?

Mateus Feliciano
Coordenador

Somos um ministério evangelístico que trabalha com pessoas em situação de rua, prostitutas, travestis, punks e todas as pessoas que encontrarmos nas ruas de Campinas. Nosso trabalho é feito por voluntários e prestamos atendimentos visando a recuperação do ser humano. Recuperação esta: Espiritual, física e mental.

Somos cristãos que queremos amar ao nosso próximo como a nós mesmos e a Deus sobre todas as coisas através do amor de Jesus Cristo nas ruas de Campinas.

Através dos relacionamentos com a população de rua, queremos incentivá-los a quererem buscar uma vida pra si próprios, plena e abundante.

Buscamos a reintegração à sociedade de cada marginalizado, pois acreditamos que a vida em comunhão uns com os outros, por mais conflitante que seja às vezes, ainda é a melhor forma de se viver.

Trabalhamos na recuperação da população de rua através de encaminhamento para tratamento em casas de recuperação, contato com a família para seu retorno ao lar, auxílio de enfermagem, distribuição de alimentos, roupas e cobertores, aconselhamento espiritual e psicológico e discipulado bíblico para novos convertidos. Temos nossos encontros todas às sextas-feiras, onde nos reunimos como igreja de Cristo para adoração ao nosso Deus.

Nestes momentos podemos celebrar e cultuar a Deus através da comunhão, oração a Deus, músicas, testemunhos, oração uns pelos os outros e meditação bíblica.

Encontramos nossos amigos das ruas nas madrugadas de sexta para sábado, logo após nosso culto. É nestas saídas às madrugadas onde o nosso relacionamento como grupo da Seara Urbana se intensifica e cria mais raízes entre os voluntários. Também é o momento onde os estes moradores de rua das ruas nos aguardam para conversarmos, compartilham a semana que tiveram e estreitamos nossos laços de afetividade. Desta forma podemos identificar as necessidades, angústias, frustrações e assim temos uma base para poder ajudar de alguma forma.

A Seara Urbana é baseado no amor e não na caridade. Através do amor de Cristo por nossas vidas, queremos espelhá-lo para os mais carentes, pois Deus ama tanto o mundo que deu seu único filho, Jesus Cristo, para que todo mundo que acreditar Nele, não morra, mas tenha a vida eterna.